O escândalo financeiro que envolve a Casa de Segurança do Presidente da República que culminou agora com a exoneração do ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança, general Pedro Sebastião, vai trazer consequências a Angola. Manuel Fernandes considera que João Lourenço sai fragilizado e diz estar aberta a reconciliação interna da coligação.
A opinião é do presidente da CASA-CE, Manuel Fernandes, que, na Huíla, considerou que foram estas as práticas condenadas no passado que deixaram o país em dificuldades económicas e financeiras actuais.
Para o líder da terceira força política angolana, o Presidente João Lourenço sai fragilizado e o país vê o seu nome fortemente manchado.
“Esta situação infelizmente terá consequências trágicas para o nosso país porque descredibiliza-o, manchou a sua reputação no âmbito da circulação monetária. Não é possível num país organizado economicamente, que somas avultadas de moedas quer sejam nacional ou estrangeiras, fiquem fora do sistema financeiro tal como aconteceu”, afirmou Fernandes.
Por outro lado, num acto com os militantes da CASA-CE, Manuel Fernandes, apontou as metas para os próximos desafios eleitorais e disse que os recentes pedidos de desculpas e perdão do Presidente João Lourenço não foram além de um acto político.
“Haveria uma catarse, isso implica dizer entre todos aqueles que cometeram os males neste país, quer seja no âmbito das matanças quer seja no âmbito económico, pudessem vir ao povo angolano e pedir perdão, reconhecer que falharam e pedir perdão só assim é que haverá uma verdadeira reconciliação com o nosso povo só assim é que poderemos promover a verdadeira pacificação dos espíritos”, defendeu Manuel Fernandes.
A nível interno, o líder da CASA-CE afirmou estar lançado o processo de reconciliação da coligação e apelou ao regresso de “todos quantos tenham deixado a formação política” na sequência de desentendimentos do passado, marcado pelo afastamento de Abel Chivukuvuku, o fundador da formação política.