Os Estados Unidos vão exigir cauções até 15 mil dólares (cerca de 12.500 euros) aos viajantes de 23 países africanos e asiáticos, para os dissuadir de permanecer além da duração do visto, decidiu a administração Trump.
A medida entrará em vigor, a título experimental, no dia 24 de dezembro e por um período de seis meses, mas o Presidente eleito Joe Biden, que tomará posse em 20 de janeiro, já prometeu uma política mais acolhedora para os imigrantes e poderá revogá-la.
A ideia de Trump é que a fiança contribua para o custo de uma possível deportação, caso o cidadão estrangeiro permaneça mais tempo do que o autorizado.
A medida vai abranger principalmente viajantes de países africanos (Angola, Burkina Faso, Burundi, Cabo Verde, Djibouti, Eritreia, Gâmbia, Guiné-Bissau, Libéria, Líbia, Mauritânia, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe , Sudão, Chade) e da Ásia (Afeganistão, Butão, Birmânia, Irão, Laos, Síria, Iémen), bem como da Papua-Nova Guiné.
De acordo com o decreto publicado no Diário Oficial, mais de 10% dos visitantes desses 23 países permanecem em solo americano após o fim do prazo do visto de entrada.
Os titulares de vistos “B”, emitidos para estadias de turismo ou negócios de curta duração, agora deverão pagar até 15 mil dólares, verba que será retida pelos Serviços de Imigração e Alfândega dos EUA caso não comprovem que deixaram o pais dentro do prazo definido.
O depósito não se aplica a estudantes ou viajantes de países desenvolvidos com isenção de visto para entrar nos Estados Unidos, tendo a decisão da administração Trump sido tomada sem aviso prévio ou debate público, ao contrário do que é habitual em casos de alterações às regras de migração.