O ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, disse hoje, em Luanda, que o Executivo angolano está confiante no equilíbrio, a médio prazo, das contas públicas, a julgar, fundamentalmente, pelos resultados positivos das negociações com os parceiros internacionais.
Falando em conferência de imprensa a propósito da “Quinta Avaliação do Fundo Monetário Internacional ao Programa de Assistência Ampliada – EFF”, o governante informou que Angola tem estado a negociar com credores bilaterais e multilaterais, no sentido de redesenhar o perfil das dívidas contraídas.
Estas negociações, argumentou Manuel Nunes Júnior, têm trazido resultados muito positivos, sobretudo no domínio da dívida garantida com petróleo, permitindo libertar recursos importantíssimos para a gestão económica do país, o que aumenta o sentimento de esperança e de confiança no futuro.
“Alguns resultados podem não ser imediatos, mas estamos no caminho certo para cumprir com a nossa missão complexa e histórico de alterar, em termos definitivos, a actual estrutura económica de Angola, ainda muito dependente do sector petrolífero”, sublinhou o ministro de Estado para a Coordenação Económica.
Na ocasião, destacou o recente desembolso do FMI para Angola, de USD 772 milhões, depois de o seu Conselho de Administração ter concluído a quinta revisão (no dia 9 deste mês de Junho) do Programa de Financiamento Ampliado que está a desenvolver com o país.
Precisou que o total de desembolsos do Fundo Monetário Internacional, no âmbito do referido programa, aprovado em Dezembro de 2018, é de USD 3,9 mil milhões, sendo que na altura se previa um financiamento de 3,7 mil milhões.
“Contudo, aquando da terceira revisão do programa, realizado em Setembro de 2020 e com vista a apoiar os esforços do nosso Executivo de combate à Covid-19, o FMI acolheu o pedido do Governo de Angola de aumento do financiamento em USD 765 milhões”, explicou aos jornalistas.
Neste sentido, afirmou, “a avaliação positiva e elogios de mais uma avaliação deste programa do FMI é um sinal muito claro da confiança da comunidade financeira internacional do Programa de Reformas do país que está a ser conduzido pelo Executivo angolano, liderado pelo Presidente João Lourenço”.
Referiu que tudo o que se está a fazer é para a melhoria do bem-estar e da qualidade de vida dos cidadãos, tendo, entretanto, agradecido esta instituição de Bretton Woods pela confiança e estreita colaboração mantida com as autoridades nacionais nestes dois anos e meio de existência do programa em desenvolvimento.
“As reformas conduzidas pelo Executivo, desde finais de 2017, estão assentes em dois pilares fundamentais, tendo o primeiro a ver com a consolidação de um verdadeiro Estado de Direito, e o segundo com a necessidade da instauração em Angola de uma economia de mercado dinâmica e eficiente”, finalizou.