O FBI concluiu que uma pessoa ligada à presidência de Donald Trump terá estado em contacto com o grupo de extrema-direita “Proud Boys” dias antes do ataque ao Capitólio.
O FBI concluiu que uma pessoa ligada à presidência norte-americana de Donald Trump terá estado em contacto com o grupo de extrema-direita “Proud Boys” dias antes do ataque ao Capitólio, avança o The New York Times.
O jornal norte-americano, que cita fontes policiais, refere que as autoridades utilizaram registos telefónicos para localizar uma chamada entre a organização extremista e alguém muito próximo do anterior Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segundo noticia a agência espanhola Efe.
A informação divulgada pelo The New York Times não revela nomes nem pormenores da conversa que está a ser investigada pelo FBI (Federal Bureau of Investigation) para apurar todos os contactos que foram estabelecidos entre as organizações de extrema-direita que participaram no ataque ao Capitólio e membros da anterior administração norte-americana.
Por outro lado, o líder do grupo “Proud Boys”, Enrique Tarrio, confirmou ao The New York Times que telefonou a Roger Stone, um colaborador próximo de Trump, enquanto participava num protesto junto à residência do senador republicano Marco Rubio, poucos dias antes do ataque ao Capitólio.
Contudo, segundo fontes policiais, a chamada que está a ser alvo de investigação é outra.
Enrique Tarrio foi preso a 4 de janeiro, depois de ter destruído um cartaz do movimento “Black Lives Matter” [“As vidas negras importam”, em português], que tinha sido colocado numa histórica igreja afro-americana.
Ainda que o líder dos “Proud Boys” não tenha participado na invasão do Capitólio, ocorrido a 6 de janeiro, existe a suspeita de que mais de uma dezena de membros do grupo seja responsável pela organização dos protestos que culminaram no ataque.
Entretanto, um ex-assessor do Departamento de Estado do Governo do Presidente Donald Trump foi acusado de participar na invasão do Capitólio e de agredir oficiais que tentavam proteger o edifício.
Federico Klein, que também trabalhou na comitiva de campanha de Trump, em 2016, foi visto usando um boné de propaganda do Presidente republicano no meio da multidão, tentando forçar a sua entrada no Capitólio, em 06 de janeiro, segundo os ‘media’ norte-americanos.
Klein foi detido na quinta-feira, no estado da Virgínia, e enfrenta acusações que incluem obstrução ao Congresso e agressão a polícias com arma perigosa.
Pelo menos cinco pessoas, incluindo um polícia do Capitólio, morreram como resultado da insurreição de 6 de janeiro, e cerca de 300 pessoas foram acusadas por diversos crimes associados ao ataque.