A direção político-militar da Frente de Libertação do Estado de Cabinda – Forças Armadas de Cabinda (FLEC-FAC) lamentou hoje o silêncio da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) sobre a questão daquela província no norte de Angola.
“A FLEC-FAC lamenta profundamente que a Comunidade de Países de Língua Portuguesa apoie Angola, um Estado opressivo, que não respeita as regras do direito humanitário internacional no território de Cabinda”, referiu a organização em comunicado.
No documento, a direção política da FLEC-FAC insta Umaro Sissoco Embaló a não participar na cimeira da CPLP marcada para julho em Luanda, apelando ao Presidente da Guiné-Bissau a “condenar com a maior firmeza a repressão militar e pilhagem da riqueza de Cabinda pelo Governo angolano”.
“A FLEC-FAC convida o seu irmão, o Presidente da Guiné-Bissau, general Umaro Sissoco Embaló, a abrir um consulado de Cabinda em Bissau para reafirmar a sua total solidariedade com a luta do povo de Cabinda e pelo seu legítimo e histórico direito”, sublinha a nota.
A organização independentista exorta ainda o Estado da Guiné-Bissau “a denunciar as práticas inaceitáveis do Presidente angolano com os ativistas de Cabinda, práticas que vão contra os princípios universais consagrados nas convenções internacionais sobre direitos humanos”, lê-se no comunicado assinado pelo secretário-geral, Jacinto António Télica.
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os Estados-membros da CPLP.