O Fundo Monetário Internacional (FMI) apresenta hoje, em conferência de imprensa do diretor do departamento africano, Aemro Abebe Selassie, o relatório sobre as economias da África subsaariana, prevendo uma recuperação de 3,4% este ano.
A estimativa de crescimento revê em ligeira alta a previsão de outubro, na qual o FMI antevia uma recuperação de 3,2%, e surge na sequência da contração do ano passado desta região, que viu o PIB cair 1,9%.
“No seguimento da maior contração de sempre da região, com uma queda de 1,9% em 2020, o crescimento deverá ressaltar para 3,4% em 2021, significativamente mais baixo que a tendência antecipada antes da pandemia”, aponta-se ainda no relatório sobre as Perspetivas Económicas Mundiais, divulgado no arranque dos Encontros da Primavera do FMI e do Banco Mundial, na semana passada.
O FMI reviu em forte baixa a previsão de crescimento para Angola, de 3,2% para 0,4% este ano e 2,4% em 2022, abaixo da média da região, mas ainda assim melhor que a Guiné Equatorial, que depois de uma recessão de 4% estimado para este ano, deverá crescer quase 6% em 2022, voltando depois a crescimentos negativos nos anos seguintes.
Todos os outros países lusófonos deverão recuperar este ano do crescimento negativo do ano passado, com destaque para Cabo Verde, que viu a riqueza contrair-se uns históricos 14% em 2020, mas crescerá já quase 6% este ano.
Para a dívida pública bruta, os únicos valores já divulgados pelo FMI incidem sobre Angola, que deverá ver o rácio sobre o PIB diminuir de 127,1% para 110,7% este ano 99,6% em 2022, e Moçambique, que deverá ver o rácio crescer de 122,2% em 2020 para 125,3% este ano e 126,4% em 2022.