A Frente Patriótica da oposição angolana pode ser formalmente proclamada em Agosto, altura em que as lideranças das várias sensibilidades políticas interessadas esperam manter um último encontro para negociações. Prosseguem negociações sobre liderança da coligação que continua aberta mais forças políticas “interessadas na alternância do poder”
Serafim Simeão, membro da direcção do projecto PRA-JÁ Servir Angola, diz que neste momento decorrem negociações das partes visando dar corpo ao projecto e determinar quem deverá liderar a plataforma, integrada actualmente pela UNITA, projecto PRA-JÁ e o Bloco Democrático.
Sem avançar nomes de prováveis concorrentes à liderança da esperada agremiação política, Serafim Simeão assegura à VOA que “vai liderar o projecto quem estiver em melhores condições e capacidade de mergulhar nos votos quer do MPLA quer da sociedade civil”.
Aquele político acrescenta que a iniciativa continua aberta para a entrada de mais formações políticas da oposição que se identificarem com a necessidade de alternância política em Angola.
Dos partidos com assento parlamentar, apenas o líder da CASA-CE, Manuel Fernandes, se manifestou publicamente contra o projecto.
Entretanto, o analista Fernando Guelengue considera que a oposição deve aproveitar o momento em que “pela primeira vez, goza de uma popularidade e apoio da sociedade angolana sem precedentes” que pode concorrer para a derrota eleitoral do MPLA.
Guelengue defende, no entanto, a entrada em cena de partidos políticos não comprometidos com o passado de guerra em Angola, numa referência à UNITA e ao MPLA.