O Governo avançou com um pedido extraordinário de paralisação do serviço da dívida bilateral não garantida de 01 de Julho a 31 de Dezembro de 2021, anunciou em comunicado o Ministério das Finanças (MINFIN), justificando com a necessidade de aumentar a capacidade de combate aos efeitos da pandemia e o desenvolvimento económico sustentável.
O MINFIN sublinha que este pedido surge após uma análise à conjuntura económica angolana e global, aproveitando “a prorrogação final da Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI)” do G20, o grupo dos 20 países mais ricos do mundo.
Adianta o MINFIN que esta “extensão do DSSI proporcionará a Angola fundos adicionais para continuar a mitigar as consequências da pandemia da Covid-19 e aumentar a capacidade do Governo de Angola de continuar a desenvolver e implementar o seu programa de longo prazo de crescimento económico sustentável para o país”.
“O Ministério das Finanças está confiante que, com apoio dos seus parceiros multilaterais, a continuidade da implementação do seu programa de sustentabilidade da dívida irá melhorar o potencial económico do país e a vida do povo angolano”, lê-se ainda no documento.
Para já, o MINFIN “não prevê a necessidade de se envolver em mais negociações de reformulação do perfil (da dívida) com os credores além daquelas relacionadas à implementação do DSSI”
Na sua página oficial, o MINFIN acrescenta que continua, em conjunto com o FMI e ouros parceios multilaterais, “a implementar um ambicioso programa de reformas macroeconómicas” com ênfase para a gestão da dívida, o que permitiu “colocar a dívida pública numa base sustentável, não obstante os impactos provocados pela pandemia da Covid-19”.