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EUA: “Hospitais à beira do caos”, diz presidente do Sindicato dos Médicos de Angola

O Sindicato dos Médicos de Angola dá o grito de socorro ante uma média de 50 pessoas que morrem diariamente nos hospitais de Luanda, na maioria por falta de medicamentos. Adriano Manuel afirma que, em média, 50 pessoas morrem por dia por falta de medicamentos

A crise já custou o cargo a um responsável do hospital Américo Boavida.

As enchentes de pessoas à procura de atendimento médico e a falta de medicamentos levam os médicos a ver pacientes a morrer sem poderem fazer nada.

Os hospitais municipais em Luanda encontram-se abarrotados e sem espaço para novos internamentos.

O presidente do Sindicato dos Médicos de Angola, Adriano Manuel, diz que os relatórios recebidos dos seus filiados indicam para cinco mortes diárias para cada médico e “sem medo de errar”, de 40 a 50 mortes são registaadas diariamente em Luanda.

Interrogado pela razão da falta de medicamento, o médico disse ser uma questão que “deve ser feita à senhora ministra da saúde e não a mim”.

Questionado sobre o que fazem os profissionais quando não há medicamentos, Adriano Manuel respondeu que “os médicos mandam comprar, se não houver os médicos têm que ver os pacientes a morrer.

Um vídeo publicado nas redes sociais com pacientes deitados no chão numa das enfermarias do Hospital Américo Boavida custou a exoneração do director clínico, Agostinho José Matamba.

Fontes daquela instituição disseram à VOA que após o vídeo foram levadas novas camas para aquele hospital, maspermanece a questão da falta de espaço.

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