Joe Biden está cada vez mais perto de declarar vitória sobre Donald Trump. A contagem de votos ainda não terminou num conjunto de estados, mas o democrata está apenas a seis delegados de chegar à Casa Branca. Nesta altura, segue com 264 votos eleitorais e Trump com 214.
Perante a cada vez mais próxima confirmação de que Biden será o próximo presidente dos Estados Unidos, a campanha de Donald Trump já veio avisar que a história da eleição está longe de terminar e reiterar que irá avançar com processos judiciais para impugnar irregularidades no processamento dos votos em pelo menos quatro estados decisivos para determinar o desfecho das presidenciais e onde prossegue ainda o apuramento dos votos.
“A eleição ainda não terminou”, garantiu Matt Morgan, conselheiro geral da campanha Trump, para quem a vitória de Biden assente nos resultados da Pensilvânia, Arizona, Nevada e Geórgia não passa de uma “falsa projeção”.
No entanto, a guerra judicial que os republicanos já puseram em marcha, não será fácil para as aspirações de Trump. Como explica o jornalista da ABC News, Steve Osunsami, as alegações de fraude e irregularidades dificilmente poderão colher no estado da Geórgia, onde os republicanos detêm maioria na assembleia legislativa local, controlam o gabinete do governador e em que além de o secretário de estado é republicano e um entusiástico apoiante de Trump.
Por outro lado, seguirem os seus intentos, as ações judiciais de Trump terão de subir dos supremos estaduais para o Supremo Tribunal dos EUA. Isso mesmo parece decorrer das afirmações do procurador-geral do Nevada, Aaron Ford, que classificou de “lixo” a alegação da Casa Branca de que aquele estado está a contabilizar “votos indevidos”.