A UNITA, maior partido na oposição angolana, destacou hoje o papel e contributo do primeiro Presidente da Zâmbia, Kenneth Kaunda, que morreu na quinta-feira, na conquista das independências do continente africano e acolhimento por décadas de cidadãos angolanos.
Numa mensagem de condolências, o líder da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Adalberto Costa Júnior, lembrou que Kenneth Kaunda, que morreu, aos 97 anos, por doença em Lusaca, fez parte de uma geração de líderes pioneiros que se levantaram contra o colonialismo europeu para autodeterminação dos povos africanos.
“Como pan-africanista, ele começou o desafio de construir uma nova Zâmbia, independente na determinação do seu próprio caminho nos assuntos internacionais”, refere a nota.
Segundo Adalberto Costa Júnior, Angola e os angolanos estão eternamente gratos pelo amparo que Kenneth Kaunda concedeu a milhares de angolanos que durante várias décadas fizeram da Zâmbia sua segunda pátria e pelo contributo que prestou à paz e reconciliação dos irmãos angolanos, António Agostinho Neto, Holden Roberto e Jonas Malheiro Savimbi.
“O Presidente Kenneth Kaunda parte para outra dimensão da vida numa altura em que o seu país, em particular, e o continente africano, em geral, enfrentam enormes desafios de prosseguir a obra iniciada pelos precursores do pan-africanismo, em favor do progresso do continente e do bem-estar das suas populações”, lê-se na mensagem.
O líder da independência e primeiro presidente da Zâmbia, Kenneth Kaunda, morreu aos 97 anos, “pacificamente” no hospital, como anunciou o Governo zambiano.
O antigo chefe de Estado, que liderou o antigo protetorado britânico durante 27 anos, tinha sido internado, na segunda-feira, no hospital de Lusaca com pneumonia.