Perto de 30 mil professores angolanos foram formados no âmbito da implementação do Projeto Aprendizagem para Todos (PAT), orçado em 80 milhões de dólares (69 milhões de euros), grande parte financiado pelo Banco Mundial (BM), foi hoje anunciado
O PAT, financiado com recursos do BM (75 milhões de dólares) e do Governo angolano (5 milhões de dólares) começou a ser implementado em Angola em 16 de junho de 2014 com o objetivo de melhorar as competências dos professores angolanos.
Segundo a gestora do projeto, Irene de Figueiredo, inicialmente o PAT, implementado pelo Ministério da Educação de Angola, capacitou 15.000 professores do ensino primário e gestores de 942 escolas a nível de Angola.
“Foram formados ao longo dos sete anos de implementação efetiva 20.929 professores nos 164 municípios de Angola onde 38% demonstraram melhoria efetiva nas suas competências”, disse hoje a responsável.
Irene de Figueiredo, que falava hoje, em Luanda, na abertura de um ciclo de formação de formadores, que prevê formar mais de 40.000 professores do ensino primário e secundário até 10 de dezembro, deu conta que esta será a última ação da primeira fase do PAT.
Este ciclo de formação “será o último a acontecer no PAT 1 tendo em consideração o projeto terminar a 28 de fevereiro de 2022. Pelo qual espera-se empenho, dedicação de todos, formadores e formandos, para que tenhamos resultados positivos”, frisou.
O ciclo de formação que arrancou hoje na capital angolana, com uma formação de formadores é destinado aos diretores de escolas, professores do ensino primário e secundário, coordenadores de classe, de disciplina, de curso e membros da comunidade educativa.
Reforçar as competências dos formandos em relação à prática pedagógica de Língua Portuguesa e Matemática, as competências dos professores e gestores para o funcionamento das escolas conforme as diretrizes de segurança no contexto da covid-19 constituem alguns dos objetivos desta formação.
O secretário de Estado para o Ensino Secundário de Angola, Gildo Matias José, disse, na abertura do encontro, que o órgão ministerial que representa considera a formação como um “eixo central para a melhoria do desempenho docente de todos os professores”.
“Também temos consciência de que a melhoria da qualidade de educação passa, consequentemente, por uma melhoria não só na formação inicial, mas também na criação de oportunidades de superação durante o exercício do professor na sua competente missão de ensinar”, sublinhou o governante.