A União Europeia e outros parceiros internacionais, inclusive em África, estão a trabalhar na chamada “terceira via” para agilizar o acesso dos países menos desenvolvimentos e pobres às vacinas contra a Covid-19. Presidente do Conselho Europeu visitou centro de vacinação em Luanda e encontra-se ainda hoje com João Lourenço
A proposta é da directora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), a nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala, e passa por parcerias entre governos e sector privado.
“É o que estamos a fazer para criar mais fábricas e aumentar o ritmo de produção em todo o mundo, sobretudo no continente africano”, afirmou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, em Luanda, onde visitou nesta sexta-feira, 30, o centro de vacinação Paz Flor, em Telatona, na companhia da ministra da Saúde Sílvia Lutucuta.
Michel respondia assim à pergunta de um jornalista de que se não seria este o momento para quebrar as patentes das vacinas, o que, para ele, talvez não funcione porque “iria demorar meses ou anos até se produzirem vacinas em todo o mundo”.
“Defendemos mais indústrias do sector farmacêutico em África, isso é uma prioridade para a União Africana e a União Europeia está também totalmente disponível para ser mobilizada e é favorável a esta abordagem”, reforçou o líder do Conselho Europeu, acrescentando estar a trabalhar com o Banco Europeu de Investimento e “com líderes africanos para que isto seja uma realidade o mais rápido possível”.
Michel reiterou que o caminho por agora é acelerar a produção de vacinas e lembrou estar na agenda internacional “a ideia de um possível tratado sobre as pandemias para prevenir, trocarmos informações e reagir mais rapidamente a nível internacional”.
Em relação a Angola, ele afirmou estar a trabalhar em com Luanda e a União Africana para ajudar a o país a vencer a pandemia.
O presidente do Conselho Europeu será recebido ainda hoje pelo Chefe de Estado angolano João Lourenço, depois de ontem ter mantido um encontro com o Presidente da República Democrática do Congo, FélixTshisekedi, em Kinshasa.