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França: Angola é de todos. Não é propriedade privada do MPLA”

Activistas angolanos residentes em França juntaram-se esta tarde na Avenida Foch, junto à Embaixada angolana, para denunciar “a situação péssima que se vive em  Angola”.

“Desde a chegada do Presidente angolano João Lourenço, em 2017, as coisas não param de se deteriorar e estamos, actualmente, a regredir em termos de liberdades”, aponta um dos manifestantes.

Em Angola, “as manifestações são reprimidas. No dia 11 de Novembro, assistimos à morte de um jovem, Inocêncio de Matos”, lembra o activista e organizador do protesto Emanuel Mayassi.

Em termos sociais, “o nível de vida está cada vez mais elevado e os angolanos não conseguem subsistir, o desemprego está muito elevado e não existem respostas por parte do governo”, enumera o activista.

Emanuel Mayassi compara as necessidades fundamentais para “alguns angolanos, que procuram alimentos na lixeira, enquanto o executivo aprovou uma resolução que atribui um bónus de Natal de quase quatro milhões de kwanzas ao presidente da Assembleia Nacional e aos 220 deputados dos partidos com assento parlamentar, para fazer face às despesas da quadra festiva – esta medida é desumana e escandalosa”, aponta.

Esta semana a bancada Parlamentar do MPLA veio desmentir a atribuição deste bónus no valor de 4 milhões aos deputados.

Os activistas manifestaram em frente à embaixada, sob vigilância policial. “Estamos aqui porque é a missão diplomática que representa o governo angolano cá. Queremos dizer que não estamos satisfeitos com o rumo que o país está a tomar”, acrescenta.

“João Lourenço governe para todos”, “Angola é de todos. Não é propriedade privada do MPLA”, “A diáspora angolana quer o direito de voto porque fora de Angola continuamos a ser angolanos” ou ainda “Até quando as injustiças em Angola?”, eram algumas frases que se podiam ler em cartazes erguidos no protesto.

Wilcar Cláudio, vive há três anos em Paris, quis fugir da miséria no seu país. “O povo angolano foi reduzido de pobre para miserável. Todos os dias há 45 crianças que morrem de fome, são muitas mortes e o sistema do MPLA mata mais angolanos. Sou activista, sou perseguido por mostrara a verdade aos menos esclarecidos”, afirma.

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