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Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) diz que matou “12 militares angolanos” e promete mais ataques

A Frente de Libertação do Estado de Cabinda – Forças Armadas Cabindesas (FLEC-FAC) informou hoje que 12 militares angolanos morreram e quatro ficaram gravemente feridos em confrontos com as suas forças armadas, prometendo intensificar os ataques.

“As Forças Armadas Cabindesas (FAC) informam que, em confrontos com militares angolanos na região de Belize, na aldeia cabindesa de Tundu Maselese, na fronteira com a República Democrática do Congo [RDCongo], foram registados 12 mortos”, afirma-se na nota enviada à Lusa.

A mesma fonte adiantou que hoje, às 03:20, uma unidade do comando de operações especiais das FAC “efetuou um ataque contra um pelotão das Forças Armadas Angolanas” naquela aldeia na região de Belize e que, durante a sua ação, “12 soldados angolanos morreram e quatro ficaram gravemente feridos”.

No comunicado, as FLEC-FLAC afirmou também que as FAC vão intensificar os ataques “contra os soldados angolanos em todo o território de Cabinda”.

No documento, assinado pelo tenente-general João Cruz Mavinga Lúcife, chefe da direção das Forças Especiais das FAC, garante-se que o lado angolano “é o único responsável pelo agravamento do conflito” naquela região.

A FLEC mantém há vários anos uma luta pela independência do território, de onde provém grande parte do petróleo angolano, alegando que o enclave era um protetorado português – tal como ficou estabelecido no Tratado de Simulambuco, assinado em 1885 – e não parte integrante do território angolano.

O Governo angolano recusa normalmente reconhecer a existência de soldados mortos resultantes de ações de guerrilha dos independentistas, ou qualquer situação de instabilidade naquela província do norte de Angola, sublinhando sempre a unidade do território.

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