spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Funcionários da empresa pública de telecomunicações Angola Telecom protestam no sábado contra “decisões arbitrárias” do patronato

Os Trabalhadores da Angola Telecom, estatal angolana de telecomunicações, marcham no sábado, em Luanda, em protesto contra as “transferências compulsivas” dos trabalhadores que aderiram à greve em 2022 e “decisões arbitrárias” da administração, anunciou hoje fonte sindical.

O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, Telecomunicações e Afins de Luanda (STCTAL) refere, em comunicado a que Lusa teve acesso, que a marcha agendada para sábado surge em consequência de vários incumprimentos do patronato.

Segundo o STCTAL, passados cinco meses após a suspensão da greve na Angola Telecom, os trabalhadores continuam a registar “várias preocupações”, entre “suspensões e descontos ilegais”, sobretudo aos funcionários que aderiram à greve.

A entidade sindical enumera, na nota, sete principais razões que justificam a marcha de sábado, nomeadamente a “transferência compulsiva” para outras áreas na condição de estagiários, durante quatro meses, da maioria dos trabalhadores que aderiu à greve.

“E em todo esse processo arbitrário caracterizado pelos sucessivos atropelos da lei e da Constituição, os trabalhadores mostram-se preocupados do que será o futuro” depois do estágio, refere-se no comunicado.

A “reforma compulsiva” de duas funcionárias, a readmissão de nove dos 11 trabalhadores notificados para rescisão de contrato, que para o STCTAL “fere o princípio da igualdade”, e a transferência de membros da comissão sindical, “sem prévia notificação”, constam também entre as razões da marcha.

O sindicato diz também que até à data a entidade empregadora se recusa receber a comissão negociadora para continuar a discutir e implementar os pontos do caderno reivindicativo.

Aumento salarial na ordem os 50%, atualização do subsídio de alimentação na ordem os 5.000 kwanzas (9,2 euros) e melhores condições laborais estão entre os pontos no caderno reivindicativo.

A Angola Telecom “não pagou ao sindicato, até à presente data”, as quotas referentes aos meses de janeiro e entre junho e dezembro de 2022 e de janeiro e fevereiro de 2023, acrescenta ainda o comunicado.

Lourenço Francisco Afonso, secretário-geral do STCTAL, disse à Lusa que todas as autoridades já foram informadas sobre a marcha, que deve começar na Rua 1.º Congresso do MPLA, percorrer a Avenida 4 de Fevereiro até à sede da Angola Telecom.

 

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Destaque

Artigos relacionados