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Governo Angolano diz que mais de “1,1 milhão de empregos” foram criados em Angola nos últimos cinco anos

O Governo Angolano registou, entre 2018 e o primeiro semestre de 2025, a criação de mais de 1,1 milhão de empregos, “fruto de políticas consistentes e articuladas de empregabilidade”.

Os dados avançados pela ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), Teresa Dias, na abertura do seminário estatístico nacional, indicam ainda que o mercado de trabalho gerou 225.157 novos empregos em 2024, um aumento de 17% face a 2023.

O Inquérito ao Emprego em Angola (IEA) 2024 publicado em setembro deste ano pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou que, no total, a taxa de desemprego em Angola em 2024 foi de 31,5%, correspondendo a 5,6 milhões de pessoas sem trabalho, com o desemprego mais elevado no meio urbano (34,3%) que no rural (26,4%).

Já os dados referentes ao segundo trimestre deste ano indicam que a taxa de desemprego fixou-se em 28,8%, contra os 29,4% registados no trimestre anterior.

A ministra do MAPTSS realçou que entre 2024 e o primeiro semestre de 2025 o setor público registou 426.632 funcionários públicos e agentes administrativos, refletindo o esforço contínuo da consolidação da administração pública e regularização dos vínculos laborais.

No primeiro semestre deste ano foram atualizadas as categorias de 4.886 funcionários em vias de reforma, bem como 138 dirigentes terminaram os seus mandatos e 508 funcionários com mais de 11 anos de serviço.

A Escola Nacional de Administração e Políticas Públicas capacitou 34.216 funcionários públicos e agentes administrativos, demonstrando a aposta firme na formação e valorização dos quadros do Estado, sublinhou Teresa Dias.

De 2017 até ao primeiro semestre deste ano, mais de 669 mil pessoas receberam formação profissional e foram licenciados 270 centros privados, bem como homologados 36.990 certificados, apontou a ministra, destacando que a parceria com o setor privado vem crescendo.

Também no que se refere à proteção social, Teresa Dias destacou o marco de três milhões de segurados e 170 mil pensionistas, elevando a cobertura de 18,3% em 2020 para 24,5% em 2024, “um progresso notável rumo à inclusão previdencial e formalização laboral”.

De acordo com a ministra, esses resultados traduzem progresso técnico e compromisso institucional com as boas práticas internacionais em matéria de estatísticas do trabalho, apelando ao reforço dos prazos de remessa da informação estatística pelos órgãos provedores, assegurando a harmonização de dados setoriais e integração atempada no sistema nacional de planeamento.

“Cumprir prazos é garantir qualidade e qualidade estatística é assegurar decisões políticas fundamentadas e dados credíveis”, afirmou.

Segundo a ministra, essa iniciativa enquadra-se na visão do Executivo de reforçar a cultura do planeamento baseado em evidências, onde a estatística se assume como um eixo fundamental na formulação, execução e avaliação de políticas públicas, num contexto em que os desafios da governação exigem respostas céleres, consistentes e sustentadas.

“Os dados estatísticos são a base da transparência, da eficiência e da confiança institucional”, disse, reforçando que “a estatística é hoje o verdadeiro coração de uma administração pública moderna” para se compreender a realidade social e económica, medir o impacto das políticas e definir prioridades “com rigor técnico e objetividade”.

 

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