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Governo de Angola anuncia “saída da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP)” devido a limites à produção

Governo de Angola anunciou hoje a sua saída da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP), disse o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás angolano, Diamantino Pedro Azevedo.

A informação foi transmitida pelo governante à margem da décima reunião ordinária do Conselho de Ministros, orientada pelo Presidente angolano, João Lourenço, dando conta que está foi uma decisão governamental.

“Sentimos que neste momento Angola não ganha nada mantendo-se na organização e, em defesa dos seus interesses, decidiu sair”, referiu.

Realçou  que o país sempre cumpriu com as suas obrigações e lutou o tempo todo para ver a OPEP se modernizar, ajudar os seus membros a obter vantagens.

Em declarações à Imprensa,  o ministro esclareceu que “quando  estamos nas organizações e as nossas contribuições, as nossas ideias, não produzem qualquer efeito, o melhor é retirar-se”.

O ministro afirmou que foi uma decisão soberana e ponderada, prometendo que o país vai continuar a respeitar, pela importância e a estabilidade dos preços, à organização.

Angola, disse, doravante vai apostar na  procura de mais petróleo, na luta contra o declínio natural, de estabilização da produção nacional e dos esforços das estratégias de refinação, de petroquímica, de armazenamento de combustíveis, de transformação da Sonangol.

A decisão de Angola de abandonar  a OPEP foi já, está quinta-feira, transformada em decreto lei, assinado pelo Presidente da República, João Lourenço.

Angola protestou,  no princípio do mês, da decisão da  36° reunião ministerial da OPEP+ de atribuir uma quota de produção de um milhão 110 mil  barris de crude dia, contrariando a proposta angolana de um milhão 180 mil  barris diários.

Angola aderiu voluntariamente a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em 2006.

A OPEP é uma organização intergovernamental de 13 nações, fundada em 15 de Setembro de 1960 em Bagdad pelos cinco membros fundadores (irão, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita e Venezuela).

Tem a sua sede, desde 1965, em Viena, Áustria,  e em Setembro de 2018, os  14 países membros representavam 44% da produção global de petróleo e 81,5% das reservas comprovadas do mundo.

A OPEP goza de uma grande influência nos preços globais de petróleo, previamente determinados pelos chamados agrupamento “Sete irmãs” de empresas multinacionais de petróleo.

O ministro dos Recursos  Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo, anunciou, esta quinta-feira, a saída de Angola da OPEP.

 

 

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