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Governo de Angola quer mais “investimento chinês” na produção de alimentos e indústria transformadora

O Ministro de Estado para a Coordenação Económica de Angola pediu hoje aos empresários chineses “mais investimentos” para a produção de alimentos, para o setor da habitação, indústria transformadora e comércio para potenciar a economia angolana.

José de Lima Massano, que discursava hoje na abertura do Fórum de Negócios Angola — China (FONAC), enquadrado nos 40 anos de cooperação e relações bilaterais entre ambos os países, disse que o país vai continuar com reformas que concorrem para o crescimento económico e inclusivo.

“Angola com a estabilidade económica que vem conhecendo e consolidando ao longo dos anos manterá o curso de reformas que concorrem para o crescimento económico sustentável e inclusivo”, disse o governante.

O ministro angolano recordou o recente anúncio do conjunto de medidas de estímulo e potenciação da economia do país, referindo que estas realçam a “incorporação mandatória de bens feitos em Angola e projetos de investimento público”.

“Acreditamos que o investimento, a tecnologia e o conhecimento de empresas aqui representadas ganham novo mercado de atuação e oportunidades de reforço de parcerias”, salientou, augurando mais investimentos dos empresários chineses.

“Contamos assim com mais investimentos para a produção de alimentos, para disponibilização da habitação, para a indústria transformadora, para o comércio e desenvolvimento das cadeias logísticas de apoio ao desenvolvimento, na exploração mineira e na capacitação e formação profissional”, assinalou.

O FONAC, organização da Embaixada de China em Angola, da Câmara de Comércio Angola-China e da Associação das Empresas Chinesas em Angola, congrega, em Luanda, vários empresários angolanos e chineses para reflexão da cooperação de quatro décadas.

Massano saudou a iniciativa da comunidade empresarial dos dois países tendo realçado que a cooperação estratégica entre Luanda e Beijing é pautada pelo “respeito mútuo, cordialidade e amizade entre os nossos dois países e povos”.

“A cooperação é oportuna porque começamos a construir os próximos 40 anos com uma agenda que destaca e procura consolidar o papel empresarial na contínua construção de pontes, que nos conecta na visão de desenvolvimento económico e social harmoniosa”, apontou.

Angola “mantém um curso de reformas que atendem a melhoria do ambiente de negócios, estabelecido no quadro macroeconómico capaz de estabelecer estabilidade e previsibilidade”, frisou.

Segundo o governante angolano, o país detém um “ordenamento jurídico que confere segurança de negócios e regras de mercado que privilegiam a concorrência salutar, a competitividade e a inovação”.

De acordo com José de Lima Massano, apesar da “ainda forte dependência do setor petrolífero”, Angola tem condições naturais privilegiadas para o desenvolvimento de uma economia alargada e diversificada.

Considerou que uma base de desenvolvimento alargada, “com ênfase na segurança alimentar”, vai permitir dar consistência aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), quer atendendo as necessidades mais prementes dos cidadãos, quer criando mais oportunidades de geração de renda e de inclusão social.

“Esse binómio, entre crescimento económico e desenvolvimento social, é premissa de sustentabilidade das nações, pelo que defendemos que, no recurso das ações empresariais e formação de novas parcerias neste fórum de negócios, se tenha presente o papel social que é reservado, enquanto mulheres e homens de negócio”, concluiu o ministro angolano.

Angola e China estabeleceram relações diplomáticas oficialmente em 12 de janeiro de 1983 e há treze anos mantêm uma parceria estratégica.

China, principal destino da produção petrolífera angolana, é o maior parceiro comercial do país africano.

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