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“Governo de Angola quer refinarias competitivas a nível internacional” — Ministério dos Recursos Minerais Petróleo e Gás (MIREMPET)

O Governo angolano, que vai retirar gradualmente os subsídios da gasolina, “quer ter preços reais” de uma economia de mercado e aumentar a produção de combustíveis, com a construção de refinarias competitivas a nível internacional, disse o ministro dos Petróleos.

Diamantino Azevedo falava hoje, em Luanda, numa conferência de imprensa em que foi apresentada a reforma para o setor energético, com a retirada gradual da subvenção aos combustíveis.

A partir de sexta-feira o preço da gasolina vai aumentar, passando dos atuais 160 para 300 kwanzas (de 0,25 euros para 0,48 euros) por litro, deixando de fora algumas classes profissionais como os taxistas e mototaxistas que não serão abrangidos pela medida.

Atualmente, as refinarias existentes em Angola cobrem apenas cerca de 20% das necessidades de derivados de petróleo, indicou o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, adiantando que a estratégia do executivo para aumentar a produção combustíveis implica triplicar a produção na refinaria de Luanda e construir outras três, projetos já em curso.

A refinaria de Cabinda tem sofrido “um atraso na produção que deriva de fatores endógenos e exógenos”, como a pandemia de covid-19, e no Soyo, outra das principais zonas de produção petrolífera, está a ser desenvolvida outra instalação, projeto este que está “em franco desenvolvimento”, segundo o governante.

No Lobito, o Governo decidiu reativar um projeto já existente, mas reviu os custos de investimento, que “foram reduzidos para quase metade” e a “qualidade do ‘standard'”, tendo em conta a transição energética, prosseguiu.

Quando estes quatro projetos estiverem prontos, disse, o país estará em condições de processar 420 mil barris por dia, garantindo autossuficiência e capacidade de exportação de derivados, essencialmente para os países vizinhos.

“O objetivo é ter refinarias competitivas a nível internacional, isso supõe evitar distorção de preços na nossa economia, ter preços reais, de acordo com uma economia de mercado. Só assim teremos refinarias a funcionar com rentabilidade e sendo competitivas”, realçou o mesmo responsável, considerando que “haverá ganhos para a economia, para o país e para os utilizadores”.

Além dos “efeitos positivos” para a economia da construção das refinarias, o executivo quer também aumentar a capacidade de armazenamento de combustíveis em terra e está a trabalhar na aprovação de legislação sobre reservas estratégicas e de segurança nacional relativa aos derivados de petróleo.

Diamantino de Azevedo falou ainda dos projetos de enchimento de gás, hidrogénio verde, fotovoltaicos, de energia eólica e de biocombustíveis, que contribuirão, em conjunto, para melhorar a capacidade de fornecimento de combustível para o país e para exportação.

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