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Governo de Angola vai repatriar “17 cidadãos angolanos” que pediram para sair de Israel face os ataques do braço armado do Hamas

Governo de Angola vai repatriar 17 cidadãos angolanos que pediram para sair de Israel, dos 36 ali residentes, disse à Lusa o embaixador angolano em Telavive, Osvaldo Varela, estimando que o repatriamento dure menos de uma semana.

Seis outros cidadãos angolanos, estes com estatuto de não-residentes, saíram já de Telavive, encontrando-se neste momento em Lisboa, antes de regressarem a Luanda.

Em declarações à Lusa, o diplomata realçou que a embaixada contactou os 36 angolanos residentes em Israel, face à insegurança depois dos ataques do movimento islamita Hamas, dos quais 11 já não se encontravam naquele país.

Não há angolanos desaparecidos, sublinhou Osvaldo Varela.

Dos 25 angolanos que se encontram em Israel, 17 manifestaram interesse em ser retirados, e estão a ser apoiados pelo governo angolano no processo de repatriamento.

“Não haverá nenhum voo especial, estamos a aguardar que as agências os coloquem em voos comerciais. Penso que em menos de uma semana conseguiremos retirar todos”, salientou o embaixador angolano.

Os seis angolanos com estatuto de não-residente que já deixaram Israel pediram para fazer escala em Portugal, mas têm bilhetes Telavive-Luanda, acrescentou.

O governo português disponibilizou o C-130, da Força Aérea Portuguesa (FAP), que retirou de Israel portugueses, luso-israelitas e cidadãos de outras nacionalidades, para transportar também os angolanos, mas como tinha de ir primeiro para Chipre, estes cidadãos angolanos acabaram por seguir viagem num voo comercial, segundo Osvaldo Varela.

O ministro das Relações Exteriores angolano, Téte António, recebeu hoje em Luanda, o embaixador israelita, Shimon Solomon, para analisar a situação atual no Médio Oriente, com particular destaque para o conflito israelo-palestiniano.

A retirada dos nacionais angolanos residentes em Israel foi um dos assuntos abordados, segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores (Mirex).

 O Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia, Estados Unidos e Israel, lançou no sábado um ataque terrestre, marítimo e aéreo sem precedentes contra Israel, na maior escalada do conflito israelo-palestiniano em décadas.

Além de ter matado centenas de pessoas nesse ataque, o Hamas raptou mais de uma centena de israelitas e estrangeiros que mantém como reféns na Faixa de Gaza.

O ataque levou Israel a declarar guerra contra o grupo extremista palestiniano e a responder com bombardeamentos contra a Faixa de Gaza.

O conflito provocou mais de 1.200 mortos do lado israelita e 1.055 em Gaza desde sábado, segundo dados atualizados hoje pelas duas partes.

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