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Indonésia: Vários feridos em explosão perto de “catedral católica na Indonésia”

Padre no local avança que explosão foi causada por bombista suicida, no final da missa de Domingo de Ramos que marca o início da semana santa para os católicos.

Várias pessoas ficaram este domingo feridas numa explosão perto da catedral de Makassar, na Indonésia, disse a polícia, que indicou suspeitar que a deflagração foi produzida por uma bomba.

“Houve uma explosão e suspeitamos que foi produzida por uma bomba”, declarou o porta-voz da polícia das Celebes do Sul, E. Zulpan, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

“Encontrámos pedaços de corpos humanos e estamos a averiguar se pertencem a possíveis atacantes ou a pessoas que se encontravam nas proximidades. Vários feridos foram hospitalizados”, disse.

Um padre, questionado por órgãos de comunicação social locais, afirmou que a explosão foi desencadeada por um bombista suicida.

A explosão ocorreu quando a missa terminou na catedral do Sagrado Coração de Jesus, sede da arquidiocese de Makassar, no sul da ilha das Celebes.

Vários veículos ficaram danificados em torno do edifício, à volta do qual a polícia criou um cordão de segurança, de acordo com um fotógrafo da AFP no local.

Segundo a agência de notícias Associated Press (AP), pelo menos nove pessoas ficaram feridas quando um bombista suicida se fez explodir à porta da catedral, quando a missa de Domingo de Ramos, que marca o início da Semana Santa, terminou.

As igrejas católicas tem sido alvo de ataques extremistas na Indonésia, o maior país muçulmano do mundo.

Em maio de 2018, uma família de seis pessoas fez-se explodir contra três igrejas em Surabaya, a segunda maior cidade indonésia, matando pelo menos uma dezena de fiéis.

No mesmo dia, uma segunda família detonou, aparentemente por acidente, uma bomba num apartamento e no dia seguinte, uma terceira família cometeu um atentado suicida contra uma esquadra.

Estes atentados, que causaram ao todo, entre vítimas e atacantes, 28 mortos, foram os mais mortíferos em mais de uma década no arquipélago.

As três famílias estavam ligadas ao movimento radical Jamaah Ansharut Daulah (JAD), que apoia o grupo extremista Estado Islâmico (EI) e que reivindicou os ataques.

A tradição de tolerância da Indonésia tem sido posta à prova, nos últimos anos, por um desenvolvimento de correntes islâmicas conservadoras e muitas vezes radicais, pondo em perigo a coexistência religiosa com minorias religiosas cristãs, budistas e hinduístas.

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