A consultora Oxford Economics Africa estima que Angola vá ver a inflação reduzir-se de 25,8%, em 2021, para 19,9% este ano, interrompendo a trajetória de subida dos preços apesar da valorização do kwanza.
“Apesar das más condições económicas e do recente fortalecimento do kwanza, a inflação tem continuado numa trajetória crescente, principalmente devido aos efeitos da grande fraqueza da moeda nacional em 2019 e 2020, devido ao choque dos preços do petróleo originado pela pandemia de covid-19 e pela parca intervenção do banco central”, escrevem os analistas da Oxford Economics Africa.
Numa nota sobre a atualização da previsão da inflação, enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso, os analistas escrevem que “este ano haverá algum conforto para os consumidores, no seguimento da decisão de outubro do Governo de reduzir o IVA nalguns produtos essenciais de 14% para 7%, o que, para além da apreciação do kwanza e dos preços alimentares globais mais suaves, vai ajudar a taxa de inflação a chegar ao final do ano com uma média de 19,9%”.
O kwanza perdeu mais de metade (56%) do seu valor face ao dólar entre 2019 e 2020, mas recuperou no ano passado mais de 15% dessas perdas, e tem estado a valorizar-se face ao dólar também no princípio deste ano.
De acordo com os dados do Fundo Monetário Internacional, este será o valor mais baixo para a inflação desde 2015, ano em que os preços subiram 9,6% em Angola.