O Índice de Preços no Consumidor Nacional desceu, em novembro, para 15,24%, em termos homólogos, o valor mais baixo em quase sete anos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) analisados pela Lusa.
A ultima vez em que a inflação homóloga ficou abaixo dos 16% foi em janeiro de 2016, altura em que se fixou nos 15,20%.
Os 15,24% representam um decréscimo de 11,74 pontos percentuais em relação à inflação observada em igual período do ano anterior e uma desaceleração de 1,44 pontos percentuais relativamente à variação homóloga do mês anterior.
Na província de Luanda, a descida foi ainda mais significativa, atingindo os 14,6% em termos homólogos, o registo mais baixo desde dezembro de 2015 (14,3%) e um decréscimo de 15,82 pontos percentuais em relação a observada em igual período do ano anterior
Em termos mensais, o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) registou uma variação de 0,82% entre outubro e novembro de 2022.
“Comparando as variações mensais (Outubro a Novembro de 2022) regista-se uma aceleração de 0,04 pontos percentuais, ao passo que, em termos homólogos (Novembro 2021 a Novembro 2022), regista-se uma desaceleração na variação atual de 1,26 pontos percentuais”, salienta o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os itens relacionados com saúde foram os que mais registaram um maior aumento de preços, com uma variação mensal de 1,84%. Destacam-se também as subidas verificados nas classes: Vestuário e Calçado com 1,75%, Bens e Serviços Diversos com 1,31% e Lazer, Recreação e Cultura com 1,15%.
Na semana passada, o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, antecipava já que Angola ia acabar o ano com uma taxa de inflação inferior a 16 por cento, prevendo para 2023 maior estabilidade de preços na economia.