As companhias petrolíferas BP e Eni querem angariar até 2.000 milhões de dólares para a sua “joint venture” de petróleo e gás em Angola, disse a agência Reuters citando fontes bancárias e da indústria petrolífera.
Em Maio as duas companhias tinham anunciado ter iniciado negociações para juntarem as suas operações de petróleo, gás e gás natural liquefeito em Angola para formar uma das maiores companhias de energia em África.
As negociações versavam também um plano para permitir às duas companhias “capturarem oportunidades futuras na exploração, desenvolvimento e possível crescimento da sua carteira (de investimentos) tanto em Angola como regionalmente”.
A Reuters disse que a BP e a Eni iniciaram contactos com várias destacados bancos ocidentais para obterem fundos entre 1,5 e 2 mil milhões de dólares
A Reuters disse que colocar numa nova companhia as actividades de petróleo e gás é visto como um meio meio de obterem mais resultados dessas actividades ao mesmo tempo que tenta reduzir as emissões de gás de estufa e mudam-se para energias renováveis.
O plano de “joint venture” é também visto como um meio de reduzir a dívida da companhia mãe para uma “joint venture” independente o que torna mais fácil às companhias angariarem fundos para negócios de baixa emissão de carbono.
Um das fontes não identificadas citadas pela Reuters disse que as duas companhias “estão a tentar desconsolidar os bens angolanos e querem angariar fundos para operações “upstream” (exploração e produção) da “joint venture””.
“A ideia não é apenas a de reduzir as dívidas (das duas companhias) mas também investir mais e mais rapidamente em Angola”, disse uma outra fonte também não identificada.
A BP e a Eni recusaram-se a comentar a notícia.
O mês passado o director financeiro da BP Murray Auchncloss disse que a “joint venture” tinha como objectivo criar “uma companhia muito mais eficiente” para explorar, perfurar e produzir petróleo e gás em Angola.
A Reuters disse que o plano de angariar aquela quantia em dinheiro poderá deparar com obstáculos devido a crescentes pressões de investidores e governos para os bancos reduzirem investimentos em combustíveis fósseis, particularmente em países onde os padrões de controlo ambiental não são estritamente monitorizados.