O Instituto Nacional de Estatística (INE) registou, em 2023, um aumento de 11,7% nos preços de bens importados, com destaque para os alimentos, enquanto os bens exportados aumentaram 19,2%, impulsionados pelo petróleo.
De acordo com o Anuário dos Índices de Preços dos Bens de Exportação e de Importação de 2023, consultado hoje pela Lusa, destacaram-se o aumento relevante no grupo das bebidas alcoólicas e tabacos, com 46,7%, dos químicos, com 45,2% e dos produtos alimentares, com 32,2%.
O aumento dos preços na importação foi atenuado pela contribuição negativa de máquinas e aparelhos, com menos 1,1% e madeira e cortiça, com menos 2,5%.
O país registou também, no ano passado, um aumento de 19,2% nos preços de bens exportados, graças ao petróleo, o produto que mais pesa nas exportações, que aumentou em 20,1% relativamente ao valor registado do ano anterior.
No período em análise, os grupos de produtos com maior aumento de preços de exportação foram as bebidas alcoólicas e tabacos (83,8%), pastas celulósicas e papel (68,7%) e minerais e minérios (32,5%), enquanto os agrícolas e animais vivos (-29,6%), pérolas, pedras e metais preciosos e bijutarias (-5,3%) registaram diminuição.
Segundo o INE, a base de trabalho desta publicação é a estatística do comércio externo, que a partir dos registos dos Ministérios dos Recursos Minerais, Petróleos e Gás, Agricultura e Florestas, Pescas e Recursos Marinhos e Administração Geral Tributária, do Ministério das Finanças, que representam a totalidade das exportações e importações de mercadorias efetuadas pelo país durante 2023.