O Presidente da República de Angola (PRA), João Lourenço, expressou hoje profunda consternação pela morte do cardeal Alexandre do Nascimento, considerando que Angola perde um dos seus filhos mais insignes e que os seus feitos serão perpetuados ao longo de gerações.
Em mensagem de condolências, João Lourenço refere que, Angola perde um dos seus filhos mais insignes, um homem bom que consagrou grande parte da sua vida a transmitir aos seus, valores e princípios para uma vida em dignidade, perdão e de respeito ao próximo.
O cardeal angolano Alexandre do Nascimento morreu hoje vítima de doença aos 99 anos, em Luanda, disse hoje à Lusa o porta-voz da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), o bispo Belmiro Chissengueti.
O chefe de Estado angolano refere também, na sua mensagem, que comunga da certeza de que “os feitos do servo da Igreja e da nação que hoje nos deixa serão perpetuados ao longo de gerações, como confirmação da grandeza do seu percurso e da nobreza da causa geral que defendeu ao longo da vida, a de disseminar o bem”.
João Lourenço transmite ainda em seu nome, da sua família e do Governo angolano os mais profundos sentimentos de pensar à Igreja Católica, à Igreja angolana e à família enlutada.
Alexandre do Nascimento, único cardeal angolano, nasceu em 01 de março de 1925 em Malanje e foi um dos mais destacados líderes da Igreja Católica em Angola. Foi ordenado padre em 1952 e elevado a bispo em 10 de agosto de 1975.
Alexandre do Nascimento foi ordenado cardeal pelo Papa João Paulo II em 1983 e era o mais idoso membro do Colégio dos Cardeais.
Licenciado em Teologia, o cardeal angolano que foi também presidente da CEAST e é arcebispo emérito de Luanda, participou dos conclaves de eleição do Papa Bento XVI (em 2005) e de eleição do Papa Francisco (em 2013), mas não tinha direito ao voto devido à idade.