Os países do Médio Oriente dão apoio ao rei Abdullah II após as Forças Armadas terem pedido ao ex-príncipe herdeiro Hamzah bin Hussein para parar atividades “contra a segurança e estabilidade”.
Os Países do Médio Oriente expressaram este domingo apoio ao rei Abdullah II da Jordânia após as Forças Armadas terem pedido ao ex-príncipe herdeiro Hamzah bin Hussein, seu meio-irmão, para parar atividades “contra a segurança e estabilidade” do país.
As autoridades jordanas anunciaram no sábado a detenção de várias pessoas “por razões de segurança”, incluindo Hamzah bin Hussein, que foi instado a “interromper alguns movimentos e atividades que estão a ser usados para atingir a segurança e a estabilidade da Jordânia”.
Bin Hussein afirmou depois, num vídeo enviado à BBC, que fora colocado em prisão domiciliária e acusou a liderança do país de corrupção e incompetência.
Na declaração gravada, o meio-irmão do rei Abdullah II alegou ter sido informado de que estava a ser punido por participar em reuniões nas quais o rei foi criticado.
Este domingo, o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abulgueit, expressou a sua “total solidariedade com as medidas tomadas pelas autoridades jordanas para manter a segurança do reino e preservar a estabilidade”, segundo nota da Liga, citada pela agência noticiosa espanhola, EFE.
Todas as monarquias do Golfo Pérsico se manifestaram em bloco em apoio ao rei da Jordânia, enfatizando a necessidade de preservar “a segurança e a estabilidade” do reino hachemita.
A Arábia Saudita ofereceu “total apoio, incluindo todas as suas capacidades, a todas as decisões e medidas tomadas pelo Abdullah II bin al Hussein e ao príncipe herdeiro, Al Hussein bin Abdullah, para manter a segurança e estabilidade, segundo noticiou a agência oficial saudita, SPA.
Os Emirados Árabes Unidos usaram praticamente as mesmas palavras em num comunicado divulgado pela agência WAM, apoiando “todas as decisões e medidas” do monarca jordano para “proteger a segurança e estabilidade da Jordânia e preservar suas conquistas”.
O Kuwait, Catar, Bahrein e Omã também emitiram manifestações de apoio nas últimas horas.
Da mesma forma, o Secretário-Geral do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC), Nayef Falah Al Hajraf, expressou em nota “o total apoio” deste órgão, que congrega essas seis monarquias, “por todas as decisões e medidas tomadas por Abdullah II para preservar a segurança e estabilidade da Jordânia”.
Da mesma forma, o Governo do Iraque afirmou em comunicado, “estar ao lado do reino jordano liderado por Abdullah II em qualquer medida tomada para preservar a segurança e estabilidade do país e servir os interesses do país e do povo irmão jordano”.
O Governo do Egito expressou, através do porta-voz da presidência, Bassam Rai, a sua “solidariedade e apoio ao reino hachemita e aos seus dirigentes, designadamente, o rei Abdullah II, para preservar a segurança e estabilidade do reino contra qualquer tentativa de o minar”.