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Julgamento do caso Lussati novamente “suspenso” em Angola devido à ausência de testemunhas

O Julgamento do caso Lussati voltou hoje a ser suspenso por falta de comparência das nove testemunhas que iriam ser ouvidas, incluindo oficiais generais afetos à Casa Militar do Presidente da República, disse à Lusa uma fonte da defesa.

O tribunal iria começar hoje a ouvir as cerca de 200 testemunhas arroladas no mediático julgamento, iniciando com sete generais e dois coronéis, mas “ninguém apareceu”, disse à Lusa o advogado do major Pedro Lussati, rosto mais visível deste processo com 49 arguidos, entre civis e militares.

O major, que era chefe das Finanças da banda musical da Casa Militar da Presidência da República é tido como cabecilha de um grupo que processava salários em benefício de familiares e amigos e foi detido na posse de milhões de dólares, euros e kwanzas guardados em malas, bem como várias viaturas.

“A defesa de Pedro Lussati pediu a suspensão da audiência pelo facto de não haver razões substantivas para prosseguir e o Ministério Público e o coletivo de juízes anuíram”, disse o advogado Francisco Muteka à agência Lusa.

O defensor admite que a não comparência das testemunhas esteja ligada à forma como foram notificadas.

“Qualquer pessoa que é notificada tem o dever de comparecer, talvez a notificação não tenha chegado a tempo ou não tenham sido notificados pelo órgão competente, neste caso o Tribunal Supremo, pois gozam de foro próprio”, adiantou Francisco Muteka.

Na lista de testemunhas constam também os generais Helder Vieira Dias “Kopelipa” e Sequeira João, irmão do Presidente angolano, João Lourenço, ainda sem data marcada para ser ouvidos.

Os arguidos são indiciados dos crimes de peculato, associação criminosa, recebimento indevido de vantagem, participação económica em negócio, abuso de poder, fraude no transporte ou transferência de moeda para o exterior, introdução ilícita de moeda estrangeira no país, comércio ilegal de moeda, proibição de pagamentos em numerário, retenção de moeda, falsificação de documentos, branqueamento de capitais e assunção de falsa identidade.

O julgamento deve prosseguir na quarta-feira com a audição de outras testemunhas não militares.

 

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