O Líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior (ACJ), defendeu recentemente em “Grande Entrevista” que concedeu ao canal da STv de Moçambique, que o processo de destituição do Presidente da República contém mais de 200 provas de corrupção, passível de destituição imediata do Chefe de estado.
“O incentivo à corrupção, esta então são mais de 200 provas. Portanto, esta iniciativa é extremamente importante, porque ela vem acompanhada de um elemento educativo substantivo. Nós temos no processo, dou-lhe a si, exemplo de incentivo à corrupção, alguns casos, por exemplo, de o Presidente da República, assinar decreto presidencial. E, nós temos o decreto, e temos o respectivo Diário da República, portanto, com as provas todas, onde dá instrução de se dar fundos, dinheiros à empresas onde ele é sócio, onde beneficia em causa própria. Portanto, isto é verdadeiramente inaceitável, é destituição imediata do Presidente da República. Não tem só um caso destes, tem vários casos deste género”.
Adalberto Costa Júnior que esteve recentemente em breve visita ao exterior do país, disse que, esta iniciativa deixa o maior partido na oposição com sentido de missão cumprida, e considerou que o processo na Assembleia Nacional vai prosseguir.
“Esta iniciativa deixa-nos com sentido de missão cumprida. Há quem pense que a atitude da Assembleia matou o processo. Bem se engana, porque a Assembleia cometeu uma série de violações também, à Constituição e ao regulamento interno”.
Durante a entrevista o Responsável da UNITA considerou também as autarquias locais como o caminho para o desenvolvimento, e elogiou Moçambique pela implementação das autarquias há mais de 20 anos.
“O poder local, é que eu queria chegar, é caminho que vem promover o desenvolvimento a todos os níveis, a cidadania a todos os níveis. E, portanto, quando temos em Moçambique, eleições que começaram, locais há 20 e poucos anos, e em Angola nunca foram realizadas, isto não é bom”, disse o líder partidário, que qualificou igualmente a implementação gradual das eleições autárquicas, ser uma violação à Constituição, que assegura direitos iguais a todos os cidadãos.
“Isto viola a Constituição. Porque, o modelo diferenciado do desenvolvimento e de oportunidades, é uma violação, quando a Constituição diz: os cidadãos têm direitos iguais, então se há direitos iguais, porque é que uns têm autarquias e os outros não têm? Porque é que uns têm oportunidade de ter melhores oportunidades de serviços públicos e os outros não têm, só por este pequeno exemplo, dizer que são modelos a condenar”.
UNITA ANGOLA