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Luís Nunes: “O Trunfo de João Lourenço para Transformar Benguela em Califórnia” – Luís de Castro

“Missão impossível” é o desafio que Luís Nunes tem pela frente para transformar a velhinha Ombaka em Califórnia, numa alusão a promessa eleitoral do PR João Lourenço, em 2017.

Luís Manuel da Fonseca Nunes (LN) é o novo inclino do Palácio da Praia Morena. Volvidos, aproximadamente, quatro anos Rui Falcão Pinto de Andrade (RF) deixa uma província partida aos pedaços, quer do ponto de vista económico e social, sem esquecer as ropturas internas no seio do partido, que até a data continua nas vestes de primeiro Secretário do MPLA na província.

A vinda de Rui Falcão à Benguela em 2017, era encarada, para muitos, como uma lufada de ar fresco para sanar o clima que a província vivia nas vésperas das eleições, onde as intrigas nos corredores do governo local e do partido eram constantes.

RF era tido como um Homem íntegro, sem mácula de corrupção, por essa razão, falava sem meias medidas sobre os corruptos que usam o partido para roubarem o erário público.

Falcão será também lembrado como o governante que “ralhou” o PR pelo facto da Província se confrontar com falta de dinheiro, devido a centralização de poderes. Alto e em bom tom, disse “não podemos aceitar é que nos passem certificados de incompetência, quando, seguramente, os incompetentes não estão aqui”.

Verdade porém, é que tudo aponta que os incompetentes estavam mesmo em Benguela. O primeiro “golpe” sentido por RF foi a exoneração do seu braço direito, Leopoldo Muhongo, do cargo de vice-Governador para Sector Técnico e Infraestruturas. Ao que se diz pela “boca pequena”, Mohongo foi escorraçado da caravana Presidencial, na última visita de J’LO à Benguela, por fortes indícios de corrupção e tráfico de influência.

Independentemente dos futuros voos que o futuro reserva, Falcão deixa Benguela como uma “ave depenada” e com sentimento de incumprimento de missão, ou seja, um autêntico fracasso aos olhos dos benguelenses.

A nomeação de Luís Nunes para governar Benguela é vista como uma faca de dois gumes. Se por um lado, Luís Manuel da Fonseca Nunes, deixa a Huila em franco progresso social e económico, onde certamente, o seu sucessor, Nuno Mahapi Dala, limitar-se-a a dar continuidade aos projectos gizados e/ou em curso, à reboque da OMATAPALO e derivados, nas terras de Ombaka, Nunes está a ser visto como o milagreiro que vai relançar a economia local e recuperar a mística das principais cidades e das místicas praias, que colocaram à província no topo da lista do turismo nacional.

Por outro lado, o PR J’LO ao “importar” Luís Nunes para dirigir Benguela deixa claro que os Benguelenses não têm condições de se auto-governar.

Do ponto de vista político, LN foi indicado na perspectiva de desenvolver Benguela, numa jogada de mestre do Xadrezista (J’LO) para contrapor às investidas do novo secretário provincial da UNITA, Adriano Sapiñala, que já deixou claro que esta preparado para a luta política e partidária e vai piscando o olho aos militantes do MPLA, espalhados nos 10 municípios da província.

Sem sombra de dúvidas que com a indicação de Sapiñala, o Bureau Político do MPLA acionou o alarme para necessidade de mudança do xadrez político em terras das Acácias Rubras, e afastar de cargos públicos todos os gestores com fortes indícios de cometimento de crimes de corrupção, peculato e/ou gestão danosa, com finalidade de desmontar os argumentos da Oposição, e em particular da UNITA.

 

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