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MPLA defende “abertura do Parlamento” à sociedade e UNITA acusa partido no poder de destruir os mecanismos de diálogo

O MPLA, partido no poder em Angola, através da sua bancada no Parlamento, propôs, no passado dia 19, a realização de debates periódicos sobre vários temas.

O líder da maioria, Virgílio de Fontes Pereira, disse que esses dabates tornarão as sessões do Parlamento mais dinâmicas, atraentes e eficazes.

O principal partido da posição, UNITA, reagiu nesta quinta-feira, 27, dizendo que Angola não necessita de novos mecanismos de diálogo e acusa MPLA de ter rompido com os anteriores.

Daquilo que designou de “Parlamento Aberto”, Virgílio de Fontes Pereira, presidente do Grupo Parlamentar do MPLA, falou da necessidade da dinamização do funcionamento das comissões de trabalho especializadas, passando a estar mais viradas para o tratamento das preocupações das angolanos, sem prejuízo da sua actividade corrente tradicional.

Na sua declaração política, aquele grupo entende, também, ser necessário “reflectir e estudar sobre a possibilidade de, mediante esclarecida autorização dos pecuniários, publicar, nos vários mecanismos institucionais da Assembleia Nacional, as sugestões, petições e reclamações dos cidadãos. Para si, essa sugestão pode ajudar a corrigir vários comportamentos de cidadãos e instituições”.

Fontes Pereira notou que as ideias apresentadas visam promover mais inclusão e mais diálogo no Parlamento, “que é a Casa do povo, dando o exemplo sobre a necessidade de não perdermos o foco da nossa angolanidade e na necessidade da coesão patriótica”.

Para aquele líder parlamentar, só a unidade, a coesão, a paz e o comportamento ordeiro e responsável permitirão que “a vontade popular das angolanas e dos angolanos se afirme sem embustes nem mistificações”.

Em resposta a este posicionamento, o presidente do Grupo Parlamentar da UNITA, na oposição, disse que Angola não precisa de institucionalização de novos mecanismos de diálogo.

“Entendemos não haver necessidade de se institucionalizar mais ou novos mecanismos de diálogos de concertação social, para capitação da vontade popular e da percepção popular sobre os diversos fenómenos sociais, econômicos, políticos e culturas que conformam o ambiente nacional em que vivemos a que utilizar os mecanismos existentes“, afirmou Liberty Chiyaca, quem lembrou que o país já dispõe de mecanismos de diálogo”.

Ela acusa o MPLA de ter “rompido com os anteriores mecanismos de diálogo” e desenhou uma situação social que agravou-se.

“O sofrimento do povo bateu no fundo e a árvores de soluções que o titular do Poder Executivo podia usar já secou, o povo sente que o Governo actual esgotou a sua capacidade de governar e parece já se ter demitido das suas funções”, disse Chiyaca, para quem “a saúde piora todos os dias, a educação está cada vez mais pobre, a falta de agua e luz é mais gritante, a inflação corroeu o salário das famílias, a dívida pública aumentou, a corrupção piorou, os governantes estão mais ricos do que os empresários e o país vai de mal a pior”.

Entretanto, para o analista político Agostinho Sicato, o diálogo é sempre necessário, mas a forma do diálogo é discutível, pelo que apela a abertura de “diálogo com a inclusão de elementos da sociedade civil angolana”.

Analista político defende diálogo com inclusão. A FMFWorld.Org contactou Rui Falcão, porta voz do MPLA, mas sem sucesso.

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