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MPLA e oposição com leituras diferentes sobre “transparência eleitoral” em Angola

O partido no poder e a oposição em Angola mantêm visões contrárias em relação à transparência dos processos eleitorais. Debate no Parlamento revela profundas fracturas em ano eleitoral.

O tema esteve em análise no Parlamento com animados debates numa altura em que o país caminha em direcção a mais um pleito eleitoral.

A iniciativa que veio do partido no poder em promover um debate considerado por observadores de fracturante, levantou muitas suspeições, “devido facto de o MPLA se constituir no principal epicentro das acusações da oposição, quanto às supostas violações da legislação eleitoral”.
Um dos temas recorrentes do debate sobre a transparência é o facto de a lei orgânica das eleições gerais não ter sido aprovada por consenso, como pretendiam todos os grupos parlamentares.
As posições irreconciliáveis em alguns pontos levaram a que a maioria parlamentar
aprovasse a lei, despoletando críticas e acusações da oposição.

Durante o debate, “o partido no poder socorreu-se de relatórios de observadores nacionais e internacionais para justificar a legitimidade dos processos eleitorais já realizados no país, enquanto os partidos na oposição reafirmaram a sua posição, segundo a qual, os processos eleitorais nunca foram transparentes”.

Mais uma vez, os políticos representados na Assembleia Nacional não tiverem competência para indicar caminhos que possam resolver o clima reiterante de suspeições.

A VOA traz os pontos de vista dos deputados Maurilio Luyelle, da UNITA, e João Martins, do MPLA, e do analista político Olivio Kilumbo.
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