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Nelito Ekuikui: “Não sei por que fui exonerado e não quis saber”

O exonerado secretário provincial da UNITA para Luanda, Nelito Ekuikui, disse que não procurou saber as causas da sua demissão, que causou alguma controvérsia entre militantes e simpatizantes do partido. É preciso respeitar legado de Isaías Samakuva, diz o antigo dirigente provincial da UNITA em Luanda.

Ekuikui foi removido do cargo pouco depois de Isaías Samakuva ter reassumido a presidência da UNITA, após o Tribunal Constitucional ter anulado o anterior congresso do Galo Negro, anulando assim a eleição de Adalberto Costa Júnior como presidente do partido.

Não foram dadas razões para a demissão de Ekuikui, considerado uma estrela ascendente dentro do partido, embora posteriormente e face à controvérsia gerada, Mihaela Webba, deputada da UNITA, tenha afirmado que isso se fez como precaução contra possíveis novas medidas judiciais contra a UNITA, pois Ekuikui, disse essa dirigente, “é de 2019” (o ano do congresso anulado pelo TC).

Em entrevista, à Voz da America, Ekuikui considerou a sua exoneração como um acto normal.

“Não procurei saber as causas porque se procurasse saber as causas estaria a negar um acto administrativo normal”, disse o político da UNITA.

Ekuikui diz que tem “muito respeito” por Isaías Samakuva e pelo seu legado dentro da UNITA mas que no próximo congresso de Dezembro vai apoiar Adalberto Costa Júnior.

“Tenho muito respeito ao presidente Samakuva e estarei sempre a me posicionar ao lado do legado que o presidente Samakuva deixou, estarei sempre em defesa do legado do presidente Samakuva”, disse recordando que foi “um dos jovens em que o presidente Samakuva apostou”.

Ekuikui recusou-se a citar nomes, mas não tem dúvidas do envolvimento de membros da UNITA na criação de falsas narrativas que servem os interesses políticos adversários.

“O partido tem que proteger o presidente Samakuva”, disse.

“Não posso citar nomes mas basta o senhor jornalista olhar para as posições que determinados grupos vêm tomando” disse.

“Essa posição também vem aclarar a posição de muitos militantes”, disse.

As conferências municipais marcadas para 3 e 4 deste mês ficaram suspensas após a exoneração de Ekuikui. O político negou-se a pronunciar sobre o adiamento das mesmas.

Nesta entrevista Ekuikui, que continua membro da Comissão Política do partido, respondeu também às acusações feitas pelo partido no poder de ter estado a financiar manifestações anti-governamentais em Luanda.

“Nunca em nenhuma circunstância fiz isso, lamento o facto do Presidente da República ter sido enganado com esta narrativa”, concluiu Nelito Ekuikui.

 

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