“O CDD lança um vigoroso apelo para que sejam restituídos à liberdade e de forma incondicional todos os cidadãos, ativistas e jornalistas detidos, incluindo aqueles cujo paradeiro é desconhecido”, referiu, em comunicado.
A organização pediu ainda “uma investigação imparcial e independente com vista à responsabilização judicial da Polícia Nacional e dos agentes envolvidos nos incidentes”, realçando que duas pessoas foram alvejadas e “uma perdeu a vida” – facto desmentido pelo Governo angolano.
“O CDD espera que os trágicos acontecimentos de Luanda induzam o Presidente da República de Angola, João Lourenço, a assumir um verdadeiro compromisso com os valores e princípios de um Estado de Direito Democrático”, concluiu.
A tentativa de uma manifestação organizada por jovens da sociedade civil, com apoio de dirigentes do maior partido da oposição angolana – União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) – e de outras forças da oposição, foi frustrada pelas autoridades, tendo resultado em 103 detenções, ferimentos de polícias, e de manifestantes em números não revelados, além da destruição de meios das forças da ordem.
A marcha visava reivindicar melhores condições de vida, mais emprego e a realização das primeiras eleições autárquicas em Angola.
Houve seis jornalistas detidos, três dos quais libertados apenas na segunda-feira e sem explicações.
CDD