A Organização independentista do território angolano de Cabinda apelou hoje “a um levantamento armado” contra a “ocupação” angolana e adianta que “disponibilizará todos os meios à população (…) para tornar” aquele território “insuportável à presença de Angola”.
Em comunicado assinado pelo seu porta-voz, Jean Claude Nzita, a Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) salienta que “no quadro da nova estratégia equacionada no novo Plano Militar da FLEC-FAC, a Direção Político-Militar da FLEC-FAC apela a todos os seus concidadãos a aderirem a um levantamento armado nas cidades e nas aldeias contra o ocupante angolano e seus colaboradores em Cabinda”.
Na nota de imprensa, apela-se também a todos os cabindas “que ainda não têm meios militares para participarem na insurreição armada, que desencadeiem uma postura permanente de desobediência civil perante a administração colonial angolana em Cabinda”.
A Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) mantém há vários anos uma luta pela independência do território, de onde provém grande parte do petróleo angolano, alegando que o enclave era um protetorado português – tal como ficou estabelecido no Tratado de Simulambuco, assinado em 1885 – e não parte integrante do território angolano.
O Governo angolano recusa normalmente reconhecer a existência de soldados mortos resultantes de ações de guerrilha dos independentistas, ou qualquer situação de instabilidade naquela província do norte de Angola, sublinhando sempre a unidade do território.