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Organizações da sociedade civil do sector da justiça em Angola criticam “dinheiro do Orçamento Geral do Estado (OGE)” para associações de propaganda partidária

Organizações da sociedade civil do sector da justiça em Angola manifestaram-se preocupadas, nesta quarta-feira, 18, com a indefinição da figura de “Utilidade Pública” com direito a verbas do Orçamento Geral do Estado (OGE).

A revelação foi feita à FMFWorld.Org pelo líder da Associação, Justiça, Paz e Democracia (AJPD), Serra Bango, que fez parte de um grupo de representantes de organizações sociais que foram ao Parlamento apresentar sugestões e contribuições ao OGE para o ano de 2023.

Bango diz que a sua organização ficou muito agastada quando se apercebeu que o Governo continua a dar dinheiro público a organizações que fazem propaganda política e os únicos com estatuto de utilidade pública, em detrimento de entidades que trabalham para a justiça e promoção dos direitos humanos.

“É contrasenso”, considera Bango, quem desafia o Ministério da Justiça e Direitos Humanos a alterar o quadro.

Aquele responsável associativo afirma que a maioria das inquietações apresentadas pela AJPD aos deputados da Comissão dos Assuntos Constitucionais e Jurídicos da Assembleia Nacional tem a ver com justiça, cuja verba atribuída pela proposta do OGE continua “muito pobre para depois viver da mendicidade”.

Bango diz, entretanto, não acreditar que os deputados tenham a coragem política para convencer o Governo a aceitar as sugestões apresentadas por representantes da Ordem dos Advogados de Angola, Associação Justiça Paz e Democracia, Associação dos Juízes de Angola, Associação das Mulheres de Carreira Jurídica, Sindicato Nacional dos Magistrados do Ministério Público e da Rede da Mulher Angolana.

Outras preocupações apresentadas por estas associações cívicas e profissionais estão relacionadas com o acesso universal ao Bilhete de Identidade e registo civil.

Júlia Ornela, representante da Rede Mulher, foi citada pela imprensa como tendo defendido que deve haver mais impacto da mulher no orçamento para este ano e mais verbas que permitam a protecção dos direitos da criança.

Por sua vez, o representante do Sindicato Nacional dos Magistrados do Ministério Público, Alceu Olegário, pediu aos deputados a intercederem junto do Executivo no sentido de rever o estatuto remuneratório dos magistrados.

Ele lembra que, enquanto o Chefe de Estado, não alterar o seu salário base, os magistrados judiciais vão continuar a ter dificuldade para alterar os seus vencimentos

O OGE para o ano económico 2023 continua a ser discutido na especialidade com contribuições de organizações da sociedade civil e empresarial, depois de ter sido aprovado, na generalidade, na passada semana.

 

 

 

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