A Cabinda Gulf Oil Company Limited (Cabgoc), filial da Chevron em Angola, renovou, por 20 anos, a concessão do Bloco 0, ao largo da costa da província angolana de Cabinda, informou hoje a companhia norte-americana.
De acordo com um comunicado, a que a Lusa teve acesso, o acordo assinado em Houston, nos Estados Unidos da América, prolonga até 2050 a concessão do Bloco.
No âmbito desta extensão, sublinha a nota, a Cabgoc continua a ser a operadora do Bloco, com uma participação de 39,2%.
Do grupo empreiteiro fazem parte a Sonangol, petrolífera estatal angolana, com uma participação de 41%, a Total, com 10%, e a Eni Angola, com 9,8%.
Participaram no ato da assinatura, o secretário de Estado para o Petróleo, Gás e Biocombustíveis, José Barroso, o presidente em exercício da ANPG – Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Belarmino Chitangueleca, bem como Derek Magness, da Chevron, Joaquim Fernandes, da Sonangol, e Jaime Luzolo, da Eni.
O presidente em exercício da ANPG considerou bastante importante este acordo, porque “significa a continuidade e a confiança de um parceiro que vem de longe e que em muito contribuiu para a afirmação de Angola como um grande produtor de petróleo em África”.
Belarmino Chitangueleca considerou ainda a extensão da concessão “prenúncio para contrariar o declínio da produção” e manter o foco no seu crescimento a médio e longo prazo.
Por sua vez, o diretor-geral da Unidade Estratégica de Negócios da África Austral da Chevron, Billy Lacobie, manifestou-se satisfeito com a oportunidade de manterem a parceria com o Governo de Angola e com as associadas do Bloco 0, no âmbito da qual continuarão a utilizar as suas “competências técnicas e profissionais nas áreas da exploração e da produção no país, mundialmente reconhecidas”.
“Orgulhamo-nos de ter desempenhado um papel significativo no desenvolvimento da indústria petrolífera e do gás em Angola, país onde trabalhamos há 60 anos a esta parte, sendo que temos o firme objetivo de continuar a contribuir para o fornecimento de energia fiável, acessível e cada vez mais limpa aos angolanos, que permita o progresso da humanidade e impulsione Angola para um estádio avançado de progresso e desenvolvimento”, referiu Billy Lacobie.
Além do Bloco 0, a Cabgoc opera e detém uma participação de 31% num contrato de partilha de produção no Bloco 14, em águas profundas, localizado a oeste do Bloco 0.
Em 2020, a produção média diária líquida da Cabgoc foi de 89.000 barris de líquidos e de 340 milhões de pés cúbicos de gás natural.