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Petrolífera Estatal de Angola, Sonangol E.P. e TotalEnergies Angola vão investir “4,5 mil milhões de euros” para dinamizar exploração na bacia do Kwanza

A ANPG, concessionária petrolífera angolana, a TotalEnergies Angola e a Sonangol assinaram hoje um acordo para dinamizar a exploração na bacia do Kwanza, prevendo-se um investimento de cinco mil milhões de dólares (4,5 mil milhões de euros).

Em declarações à imprensa, o presidente do conselho de administração da ANPG – Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Jerónimo Paulino, referiu que o acordo tem como principal objetivo o desenvolvimento das descobertas realizadas no bloco 20 e 21.

Segundo Paulino, estas descobertas foram realizadas há cerca de 10 anos pela americana Cobalt, que passou a sua participação à Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol), passando esta, por sua vez, parte da participação à francesa TotalEnergies.

“O objetivo hoje foi chegarmos a um acordo em novos termos fiscais e contratuais de modo a permitir o desenvolvimento destas descobertas”, referiu.

O responsável sinalizou que existem campos marginais, mas o decreto sobre esta matéria “infelizmente não funcionou neste caso”, tendo sido necessário “aprimorar os termos do decreto para permitir que se atingisse esse acordo”.

“Este acordo, pensamos daqui a mais ou menos dois a três meses ter a decisão final de investimento e com essa decisão final de investimento começar a desenvolver o campo para começar a produzir em finais de 2026, princípio de 2027”, disse.

Os dois blocos, com um potencial de produção entre 70 mil a 100 barris dia, produção máxima, “vai contribuir para atenuar o declínio de produção”, disse o presidente da ANPG.

“E pensamos que se tudo correr bem, se toda a documentação for aprovada pelo executivo, pensamos que teremos, pela primeira vez, produção comercial na bacia marítima do Kwanza”, salientou Jerónimo Paulino, frisando que a participação corresponde 20% à Sonangol, 80% à TotalEnergies, que dentro em breve deverá ceder participação a uma outra entidade.

De acordo com o presidente da ANPG, a decisão final de investimento, a rondar os cinco mil milhões de dólares, está prevista para julho deste ano, “altura em que se negoceia com todos os subcontratados, as empresas que vão prestar o serviço e aprova-se a decisão final dos investimentos”.

“Daí é que de facto começamos a construir as instalações petrolíferas para a produção”, acrescentou.

O responsável vincou que continuam as negociações de alguns acordos sobre outros campos marginais, nomeadamente o campo Chissonga, no bloco 16, os três campos Paz Flor no bloco 31, alguns no bloco 32 e continua o desenvolvimento do bloco 0.

No bloco 0 começou já a produção do primeiro e segundo campos marginais, o Nsinga e o Lifua, estando nesta altura a iniciar a construção da plataforma para o desenvolvimento do Ndola Sul.

“Isto tudo é que vai permitir estabilizarmos a produção, mas mais importante ainda é continuarmos a fazer exploração, a procura, porque só novas descobertas permitirão substituir as reservas produzidas agora”, sublinhou.

Por sua vez, o diretor-geral da TotalEnergies Angola, Martin Deffontaines, considerou muito importante a assinatura deste acordo, que veio “cimentar o caminho para os próximos passos para o início do projeto”.

Martin Deffontaines salientou que é um novo desafio para a TotalEnergies e os seus parceiros, admitindo que segue-se ainda muito por fazer em termos de trabalho administrativo, nomeadamente toda a parte contratual e legal para o lançamento do projeto.

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