A Petrolífera Estatal de Angola Sonangol E.P. inaugurou hoje a segunda fase do projeto Falcão, um investimento de 42,8 milhões de dólares (38,9 milhões de euros) que vai garantir gás à central termoelétrica de ciclo combinado e fábrica de fertilizantes do Soyo.
O objetivo, explicou o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, é fornecer gás tratado à central do Soyo, na província do Zaire, e a outros projetos industriais como o da fábrica de amónia e ureia, que considerou estratégico para o país, garantindo autossuficiência em fertilizantes.
Diamantino Azevedo estimou que a primeira produção de fertilizantes deve acontecer durante o atual mandato — até 2027 – e garantiu que o Governo está a prestar apoio aos promotores privados do projeto (grupo Opaia), que tem também uma pequena participação da petrolífera estatal angolana, Sonangol.
“Sabemos que o contexto nacional e internacional é difícil, é um desafio que nos propusemos (…) e que não passa pela produção de amónia e ureia, passa pelo nosso país se tornar autossuficiente em corretivos de solos e fertilizantes”, sublinhou o governante na cerimónia de inauguração.
“Se o país começar a produzir fertilizante vai gastar menos divisas a importar fertilizantes, que podem ser canalizadas para outras áreas, e teremos mais produtividade agrícola e poderemos reforçar a segurança alimentar”, acrescentou.
Manuel Barros, presidente executivo da Sonagás, subsidiária da Sonangol para distribuição de gás butano, reiterou que o projeto vai permitir maximizar a produção de gás em Angola: “Ao invés de estarmos a exportar matéria-prima, vamos utilizar este projeto no nosso país, gerando energia para o desenvolvimento e impulsionar o setor agrícola”.
Com um custo total de 42,8 milhões de dólares, o Projeto Falcão levou 26 meses a ser construído, desde o lançamento da primeira pedra, a 28 de setembro de 2021.
A infraestrutura prevê a receção, transporte e distribuição de gás natural da unidade Angola LNG para a central de ciclo combinado do Soyo e para a fábrica de fertilizantes e vai tratar por dia até 150 milhões de pés cúbicos de gás.