O embaixador português em Angola, Pedro Pessoa e Costa, destacou hoje a “aposta vencedora” do Governo angolano na formação profissional, encorajando o envolvimento das empresas portuguesas no domínio da capacitação
“A reunião que hoje tivemos revela uma aposta vencedora do Governo angolano, a aposta na formação, na qualificação e no talento angolano, bem como da União Europeia” num setor que é simultaneamente “um desafio” e um tema “importantíssimo para o presente e o futuro” de Angola, sublinhou o diplomata.
Pedro Pessoa e Costa falava aos jornalistas, em Luanda, após um encontro de balanço das atividades do programa RETFOP (Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola) com membros do executivo angolano e a embaixadora da União Europeia no país lusófono, Jeannette Seppen.
O Camões – Instituto da Cooperação e da Língua é responsável pela gestão, a par da sua congénere francesa Expertise France, do RETFOP, um projeto financiado pela União Europeia, com uma dotação global de 22 milhões de euros que pretende contribuir para a redução do desemprego, especialmente entre os jovens, através da disponibilização de capital humano mais capacitado e empregável.
O programa traduz também, continuou, a importância que Portugal atribui ao reforço de cooperação com Angola e à formação de uma população “cada vez mais jovem”.
O embaixador realçou ainda a relação entre a componente técnica e pedagógica e o envolvimento do setor privado na capacitação.
O diplomata considerou que “as empresas portuguesas presentes também neste mercado poderão ser úteis para que se vá criando uma geração de formadores e formados RETFOP”, reiterando que a educação e a capacitação de recursos humanos são “uma aposta segura”.
“Temos várias empresas portuguesas que estão aqui presentes e que fazem muito isso, a capacitação e a transferência de tecnologia. É uma maneira diferente dos portugueses fazerem negócio nos países”, comentou Pedro Pessoa e Costa.
“Estou certo de que, naquilo que nos compete poderemos cooperar sempre para que estes jovens possam ter o seu percurso profissional com empresas de todo o mundo”, assinalou, manifestando-se convicto de que as empresas portuguesas presentes em Angola “estarão seguramente disponíveis para aceitar” estes jovens.