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Portugal: Governo Angolano entrega “certidões de óbito” a familiares de dirigentes da UNITA

As certidões de óbito dos dirigentes da UNITA Salupeto Pena, Jeremias Chitunda, Mango Alicerces e Eliseu Chimbili foram entregues, hoje (terça-feira), em Luanda, aos seus familiares, pelo Executivo angolano.

A cerimónia enquadrou-se na implementação do Plano de Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos (CIVICOP) ocorridos em Angola, de 11 de Novembro de 1975 a 4 de Abril de 2002.

O coordenador do Grupo Técnico Científico da CIVICOP, Cornélio Calei, disse que o gesto demonstra que o Estado angolano está definitivamente envolvido no processo de reconciliação nacional, associando-se à dor sofrida por várias famílias, em resultado dos momentos mais dificeis da história do país.

Salientou que o Executivo angolano está comprometido com o processo de reconciliaçao nacional e o processo de entrega de certidões de óbito vai continuar.

Agradeceu a presença dos familiares dos falecidos, a quem transmitiu palavras de conforto, em nome da CIVICOP.

Os quatro dirigentes da UNITA tombaram em combate, no conflito pós-eleitoral de 1992, na cidade de Luanda. As eleições gerais tiveram lugar em Setembro de 1992.

À altura dos acontecimentos, Jeremias Chitunda era vice-presidente da UNITA, Mango Alicerces, secretário-geral, Salupeto Pena, representante do partido na Comissão Conjunta Político-Militar (CCPM), órgão encarregue da implementação dos Acordos de Bicesse, e Eliseu Chimbili, destacado dirigente do partido.

Familiares reconhecem o gesto

Em declarações à imprensa, Esteves Isaac Pena, irmão de Salupeto Pena, reconhece o gesto do Executivo, adiantando que o mesmo contribui para o processo de reconciliação nacional.

“Para nós, é uma atitude positiva e temos que aceitar a realidade dos factos, aliás, todo o indivíduo que pensa na paz deve ter esta atitude”, salientou.

Por seu lado, Marta Chimbili, filha de Eliseu Chimbili, considerou que o gesto do Executivo angolano permite  reaproximar os cidadãos e fortalece o processo de reconciliação nacional.

“É uma mistura de emoções, é indiscritivel, mas de todas as maneiras positivo. É uma forma das pessoas se aproximarem, esquecerem as mágoas, nos olharmos com outros olhos e também contribui para o acalmar das almas”, referiu.

Por seu turno, Ali Mango, filho de Mango Alicerces, salientou que a família aguarda pelos resultados dos exames de DNA para receber os restos mortais e realizar o funeral.

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