O edifício, localizado numa das artérias mais centrais de Lisboa, começou a ser construído mas as obras foram suspensas há cinco anos
Era um dos ativos mais cobiçados do mercado de escritórios para reabilitação dada a sua localização estratégica na concorrida Avenida da República, em Lisboa e esteve anos em complexas negociações com vários interessados, mas foi um fundo britânico a comprar o imóvel que estava destinado para a sede da Sonangol.
A petrolífera angolana vendeu por 30 milhões o conjunto de edifícios situados nos números 5 e 7 desta artéria no centro da cidade à Signal Capital Partners Ltd (UK), numa operação intermediada pela consultora Worx.
Com um total de cerca de 14.500 m2 de área bruta de construção acima do solo, o complexo de edifícios previa um centro de congressos, habitação, escritórios e a sede da Sonangol. As obras ainda se iniciaram mas foram embargadas e estavam paradas há mais de cinco anos.
No comunicado da Worx hoje divulgado, sublinha-se que o processo de venda “atraiu o interesse dos principais investidores do mercado nacional e internacional”, apesar do contexto de pandemia. “Isto vem demonstrar a resiliência do mercado, provando que continua a existir procura e capacidade de investimento por parte dos principais players nacionais e internacionais, principalmente em operações envolvendo ativos com uma localização prime”, sublinhou Pedro Rutkowski, CEO da WORX.
O comprador, a Signal Capital Partners, é uma empresa gestora de fundos imobiliários sediada em Londres, fundada em 2015. Segundo informação partilhada pela empresa no seu portal, o objetivo do fundo é investir em transações por toda a Europa com valores entre os 25 e os 75 milhões. Uma das mais recentes operações da Signal foi a venda de um edifício de escritórios em Diemen, na Holanda, a um investidor francês por 54 milhões de euros. A Signal foi assessorada pela sociedade de advogados PBBR, numa equipa coordenada pelo sócio Pedro Pinto (com a participação da sócia Tânia Osório e dos associados Isabel Brazão de Castro, Sofia Mendes Pinto e André Marcos).