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Presidente da República de Angola (PRA), João Lourenço defende na ONU “erradicação da pobreza” e reforma financeira mundial

O Presidente da República de Angola (PRA), João Lourenço defendeu hoje, na Cimeira do Futuro, em Nova Iorque, a importância da erradicação de todas as formas de pobreza e a necessidades de consensos sobre uma reforma da arquitetura financeira e da dívida soberana mundial.

“Na nossa investida em torno da construção de um futuro sustentável para todos devemos também colocar como ponto importante o incremento da luta a favor da erradicação da pobreza em todas as suas formas e dimensões, incluindo a pobreza extrema”, afirmou João Lourenço, no evento de dois dias promovido pelas Nações Unidas e que termina hoje.

Para o chefe de Estado angolano, esta luta é “o maior desafio global” da atualidade e “um requisito indispensável para alcançar o desenvolvimento sustentável, a segurança alimentar, o acesso à energia, a conectividade digital, a educação, o emprego e a proteção social”.

Segundo o Presidente angolano, não se podem realizar as ambições comuns para o futuro sem colocar “as pessoas mais pobres e vulneráveis” no centro das ações e garantir, desta forma, que “nenhum ser humano ou país fiquem para trás”.

Já no domínio da paz e segurança, João Lourenço defendeu ser necessário que se evolua “para uma arquitetura de paz em que o princípio da segurança partilhada seja defendido e protegido por todos, de modo que nenhum cidadão, Estado, região ou zona geográfica, se sinta protegida à custa da insegurança de outros”.

Angola considera que não é possível construir-se um mundo equilibrado, seguro e sustentável “em que a dignidade e o acesso às oportunidades sejam um benefício exclusivo de um pequeno grupo de privilegiados, em detrimento da maioria da população mundial”, frisou.

Defendeu “igualmente a necessidade de se alcançarem consensos sobre a reforma da arquitetura financeira mundial e da arquitetura da dívida soberana mundial”, o que considerou “crucial” para a existência de “um sistema financeiro internacional mais justo e capaz de servir também os interesses dos países em desenvolvimento”.

Para o Presidente de Angola, “a adoção do ‘Pacto para o Futuro’ representa, sem sombra de dúvida, um verdadeiro ponto de viragem para uma abordagem mais dinâmica, mais comprometida, mais engajada e assertiva de questões importantes para a Humanidade”.

A Cimeira do Futuro, que se iniciou domingo na sede da ONU, incluiu a adoção de três acordos históricos que visam construir um futuro melhor para a humanidade: “Pacto para o Futuro”, “Pacto Digital Global” e a “Declaração sobre as Gerações Futuras”.

O encontro termina hoje, véspera do início do debate anual da Assembleia-Geral da ONU, que arrancará na terça-feira e terá como pano de fundo conflitos como os da Ucrânia, Gaza ou Sudão, mas também os atrasos nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a crise climática.

 

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