O Presidente da República de Angola (PRA), João Lourenço reinaugurou hoje a Maternidade Irene Neto, na província da Huíla, paralisada desde 2018 para obras de reabilitação orçadas em 10 milhões de dólares (9,4 milhões de euros), garantindo “assistência condigna” às populações do país.
Para João Lourenço, a infraestrutura reinaugurada na cidade do Lubango, província angolana da Huíla, onde se deslocou em visita, vai beneficiar não só a população local, “mas também a parte sul do país, sobretudo mulheres”.
Em declarações aos jornalistas, após fazer uma visita guiada à maternidade, que conta com dois pisos, 120 camas e vários serviços especializados, o Presidente angolano frisou que a unidade foi reinaugurada “num dia especial para a mulher”, Dia Internacional da Mulher.
Questionado sobre a necessidade de instalação de serviços oncológicos no Hospital Central do Lubango, João Lourenço prometeu a construção de hospitais oncológicos regionais, referindo que Luanda, capital do país, “vai ganhar um grande hospital oncológico”.
“Não podemos fazer tudo de uma vez, o executivo vai dar início à construção de um grande hospital oncológico em Luanda, portanto hospitais oncológicos em outros pontos do país serão num segundo momento”, disse.
“O que podemos dar já como um dado, praticamente adquirido, é a construção desse grande hospital oncológico na cidade de Luanda, provavelmente pelos custos de um hospital oncológico não vamos pôr um em cada província, o que deverá acontecer é a construção de hospitais oncológicos regionais”, frisou.
As obras de reabilitação da Maternidade Irene Neto foram financiadas pela Cabinda Gulf Oil Company Limited, subsidiária da Chevron.
Em relação ao projeto de abastecimento de água para a província da Huíla, a partir do rio Cunene, o chefe de Estado angolano referiu que o seu executivo está em fase de mobilização de financiamento para edificação de um sistema que responda à procura do presente e do futuro.
“Nós não vamos dizer exatamente quando (será construído), só pretendemos é continuar a garantir que a questão da água para a Huíla, em particular para a cidade do Lubango, é uma das nossas preocupações”, salientou.
O executivo angolano está na “fase da mobilização do financiamento e a qualquer momento as obras vão ter início”, disse, referindo que “a cidade está a crescer, aumentou consideravelmente a população, e por esta razão a demanda por água é cada vez mais crescente”.
“Pretendemos construir aqui um sistema a pensar não apenas no presente, mas a pensar na tendência de crescimento da população do Lubango”, notou.
Da agenda do Presidente angolano na província da Huíla consta também uma visita aos trabalhos de construção da circular do Lubango.
Sobre a estrada nacional que liga as províncias da Huíla, Benguela, Cunene e vai até a vizinha República da Zâmbia, João Lourenço assegurou que será reabilitada.
“A atual situação tem criado grandes constrangimentos a toda a gente, daí a nossa decisão em reabilitar esse troço que consideramos importante, aliás, todas as estradas nacionais são importantes”, rematou o Presidente angolano.