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“Que esperam os angolanos no ano de eleições gerais 2022”?

Para 2022, os angolanos esperam por mudanças. Os cidadãos ouvidos pela DW África em Luanda querem que baixem os preços dos principais bens e serviços. Analistas preconizam um “um ano muito agitado” na política.

Em vésperas de mais um fim de ano, a DW África saiu à rua para conversar com alguns citadinos de Luanda sobre o que esperam para 2022.

Além de preços mais baixos para os produtos, os luandenses pedem que quem ganhe as próximas eleições governe para o bem da população.

Carlos Mussolovinha tem esperança que os preços dos principais bens e serviços sejam mais acessíveis e devolvam poder de compra aos cidadãos.

Este cidadão espera que o que se passou em 2021 não se repita, e deseja que em 2022 haja mais amor e paz. E, sobretudo, que a cesta básica seja mais barata, pois “é isso que o povo quer”, diz.

Cesta básica mais barata

André Lisboa, outro morador de Luanda, concorda. “Não sei qual é a política que o Estado tem para  os preços da cesta básica, mas todos nós queremos que as coisas baixem”, desabafa.

O ano de 2022 será de eleições gerais em Angola. Este vai ser, seguramente, o maior acontecimento político e de cidadania – mas trará mudanças?

André Lisboa tem essa esperança. “Em 2022, espero que haja mudanças governativas como em questões da saúde”, diz.

Carlos Mussolovinha mostra-se cético. “As eleições praticamente não mudam nada. Houve várias eleições e as coisas não mudaram”, argumenta.

Ainda assim espera que “quem vai governar – e não importa quem seja – que governe bem, com paz e amor. A única coisa que nós queremos é que as coisas mudem”, explica.

“Angariar simpatias”

O analista angolano Agostinho Sicatu acha que o partido no poder, o MPLA, vai optar por levar a cabo obras descartáveis para angariar simpatias junto do eleitorado antes das eleições gerais do próximo ano.

“Por ser um ano eleitoral, as autoridades poderão fazer tudo que estiver ao seu alcance para conquistar os cidadãos. Ou seja, haverá  trabalhos paliativos, a título emergencial, para acudir determinadas situações apenas por conta do aproximar das eleições gerais”, disse.

O politólogo acredita também que o próximo ano será de muitos desafios para muitos segmentos sociais. “Será um ano, do ponto de vista económico e social, não muito simpático”.

E acrescenta: “Na política será um ano muito agitado, um ano em que os partidos políticos vão movimentar todas as suas estruturas em todo país para conquistar o voto dos cidadãos”.

 

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