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República da Cuba destaca cooperação “mais ampla e diversa” em África com Angola

O Presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, disse hoje, em Luanda, que Angola é o país africano com qual o seu país tem uma cooperação mais ampla e diversa, manifestando disponibilidade em “alargar” a cooperação económica, financeira e comercial.

“Demonstramos importância especial ao aprofundamento das nossas relações nestas conversações bilaterais, sobretudo com o propósito de elevar o alcance das relações económicas, comerciais e financeiras ao mesmo nível em que se encontram as nossas relações políticas”, afirmou o estadista cubano.

Em declarações à imprensa, no Palácio Presidencial em Luanda, onde cumpre primeiro dia de visita oficial, Miguel Díaz-Canel assegurou a manutenção e ampliação das relações de amizade e de solidariedade com Angola.

“E estamos satisfeitos pelos resultados alcançados na reunião da Comissão Bilateral Angola-Cuba realizada em abril passado em Cuba, onde emergiram importantes acordos para o desenvolvimento da cooperação entre os nossos países”, disse.

Considerou também que Angola é o país de África com o qual Cuba “tem uma cooperação mais ampla e mais diversa” e, por isso, notou, “damos muita importância aos acordos firmados e outros acordos que estamos a trabalhar de maneira conjunta para o período 2024-2023”.

Falando ao lado do seu homólogo angolano, João Lourenço, após ambos assistirem a assinatura de três memorandos de entendimento entre as delegações oficiais dos dois países, Miguel Diáz-Canel manifestou “satisfação” pela visita a Angola, onde diz sentir-se “em casa”.

“Amizade, respeito mútuo e solidariedade caracterizam a nossa relação, a nossa história e proximidade fazem com que hoje aqui em Angola nos sintamos como se estivéssemos na nossa própria casa”, notou.

“Pelo afeto e sentimento que temos por Angola, quando cá estamos nos sentimos em casa também”, insistiu.

Disse, na sua intervenção, que era portador de um “afetuoso abraço” do general de exército e ex-presidente de Cuba, Raul Castro, ao povo angolano, tendo ainda destacado os laços de amizade e solidariedade entre Luanda e Havana construídos com Agostinho Neto, o primeiro Presidente angolano, com o apoio ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) na guerra civil.

Recordou que Angola está perto de celebrar 48 anos de independência, no próximo 11 de novembro, sublinhando que Cuba guarda um profundo sentimento de luta e gratidão por Agostinho Neto ter dado ao seu país a oportunidade de participar no processo pós-independência.

Díaz-Canel agradeceu também o Governo, o povo e o Presidente angolano “pelo apoio que nos tem dado em todos esses anos na luta contra o bloqueio genocida do Governo dos Estados Unidos da América contra Cuba”.

“Agradecemos também o povo angolano pelo apoio de Cuba em momentos dramáticos que vivemos nos últimos anos, particularmente pelas toneladas doadas em consequência de desastres naturais em nosso país (…)”, rematou o Presidente cubano.

 Angola e Cuba têm como base o Acordo Geral de Cooperação, assinado em fevereiro de 1976, versado nos domínios da educação e saúde.

Cuba é parceiro estratégico de Angola desde a independência, em 1975, e apoiou o país lusófono na defesa da sua integridade territorial contra o então regime sul-africano do Apartheid.

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