O fabricante russo, responsável pela construção do satélite angolano de telecomunicações, AngoSat-2, tem problemas com o abastecimento dos elementos necessários ao dispositivo por causa das sanções norte-americanas.
De acordo com uma fonte do sector aeroespacial, para Sputnik, os EUA não autorizam a empresa europeia Airbus a fornecer à Rússia o módulo de carga útil, com equipamento de retransmissão para o satélite angolano AngoSat-2, porque inclui também uma base electrónica americana.
Ainda em declarações, “avançou que o país norte-americano proibiu o fornecimento de seus equipamentos eletrônicos espaciais à Rússia, em virtude de restrições à exportação de artigos e serviços de defesa”.
Nestes termos, o produtor do satélite angolano, AngoSat-2 será obrigado a rever soluções técnicas para o satélite e a acordá-las com o cliente se o problema de abastecimento não for resolvido.
Vale recordar que, em 2009, a Rússia e Angola, haviam assinado um contrato para a construção de um satélite de telecomunicações angolano, nomeadamente AngoSat-1.
No entanto, o referido satélite foi lançado em dezembro de 2017, mas uma vez colocado em órbita parou de emitir sinais e foi considerado perdido.
Em abril de 2018, a “Rússia e Angola concordaram em construir o satélite AngoSat-2, no mesmo tempo, cujo seguro cobria apenas metade do custo de fabricação de um novo satélite”.
Um ano depois, isto é, em maio de 2020, foi noticiado que Angola exigia a transferência da produção do satélite AngoSat-2 da Corporation Spatial and Rohetes Energy , que construiu o dispositivo AngoSat-1, para a empresa ISS Reshetnev.
De salientar que, o lançamento do AngoSat-2 está previsto para março de 2022.