Tidjane Thiam, um dos grandes nomes da alta finança africana, foi nomeado pelo governo do Ruanda como presidente do conselho de administração da Rwanda Finance Ltd (RFL), agência governamental encarregue de mobilizar investimentos.
Depois de ingressar no Credit Suisse em 2015, Thiam, em 3 anos, levou o gigante bancário a lucrar 5,2 mil milhões de dólares, quase o dobro do orçamento do Ruanda para 2020-2021 ou seja 3,43 mil milhões.
Renunciou ao cargo de CEO do Credit Suisse em fevereiro do corrente ano, após um escândalo no qual teria alegadamente autorizado um programa massivo de espionagem contra ex-executivos do banco suíço.
Fundada em 2018, a RFL embora seja uma entidade governamental, opera por meio de um mecanismo independente exclusivo.
Há outro elemento que Tidjane Thiam traz para o Ruanda. É considerado um confidente próximo do presidente francês Emmanuel Macron.
Nascido na Costa do Marfim, Tidjane Thiam, 57 anos, foi educado em França, onde também completou os seus estudos. Tem dupla nacionlaidade. Após vários anos trabalhando para a consultoria McKinsey, retornou ao país de origem para trabalhar em vários postos governamentais, dos quais o último foi como ministro de Planeamento e Desenvolvimento. Depois retornou à McKinsey.
Tidjane foi alvo de frequente discriminação racial, embora tenha cursado em várias escolas de elite em França. Quando entrevistado pelos headhunter por telefone, dizia: “Sou negro, tenho 1,93 m de altura”. Estava cansado de ser entrevistado para altos cargos, mas ser discriminado por ser negro. Antes dele apenas Stanley O’Neal, liderou outro banco internacional, o Merrill Lynch até 2007.
De 2002 a 2008 teve vários postos executivos na companhia de seguros Aviva até entrar na Prudential como director financeiro. Depois foi nomeado director-presidente da empresa em 2009.
Aos 57 anos, Tidjane Thiamm, tem acidadania francesa e costa-marfinense. Fala inglês, francês e alemão.