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Tendências da “seca no Corno de África” são agora piores do que na fome de 2011, quando pelo menos 250 mil pessoas morreram

As Perspetivas da seca histórica no Corno de África são agora piores do que a situação que ocorreu em 2011, quando pelo menos 250 mil pessoas morreram de fome, alertou hoje um centro de estudos climáticos.

“Esta pode ser a sexta temporada de chuvas consecutiva falhada” na região, que inclui Somália, Etiópia e Quénia, revelou o Centro de Previsão e Aplicação Climática da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD, na sigla em inglês), já que são esperadas chuvas abaixo do normal na estação chuvosa dos próximos três meses.

A seca, a mais longa de que há registo na Somália, dura há quase três anos, dezenas de milhares de pessoas terão já morrido e mais de um milhão foram deslocadas, de acordo com as Nações Unidas.

No mês passado, o coordenador da ONU na Somália alertou que o excesso de mortes neste país “quase certamente” superará as da fome declarada em 2011.

“Cerca de 23 milhões de pessoas estarão em situação de elevada insegurança alimentar na Somália, Etiópia e Quénia, de acordo com estimativas de um grupo de trabalho de segurança alimentar presidido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e a IGAD”.

Já morreram 11 milhões de animais essenciais para muitas famílias, e muitas pessoas afetadas em toda a região são pastores ou agricultores que viram as colheitas murcharem e as fontes de água secarem.

Além disso, a guerra na Ucrânia afetou a resposta humanitária, uma vez que os doadores tradicionais na Europa desviam fundos para a crise mais perto dos seus países, refere ainda a organização regional em comunicado.

O secretário-executivo da IGAD, Workneh Gebeyehu, pediu aos governos e parceiros para agirem “antes que seja tarde demais”.

 

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